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24 Diário da Câmara dos Deputados

esta como para todas as demais colónias, se mantenha a devida fiscalização por parte da metrópole e se aproveitem na conservação e desenvolvimento do nosso domínio ultramarino todos os elementos que para tal fim se mostrem eficazes, independentemente do preocupações anti-religiosas. - A. Lino Neto.

Lida na Mesa, foi admitida,

O Sr. Cancela de Abreu: - Requeiro a contraprova e invoco o § 2.° do artigo 116.° do Regimento.

Feita a contraprova, confirmou-se a votação anterior, sendo a moção admitida por 67 votos contra 1.

Leu-se a moção do Sr. Rodrigo Rodrigues.

Foi rejeitada.

É a seguinte:

A Câmara dos Deputados, tendo tomado conhecimento das razões que motivaram a demissão do governador de Macau;

Considerando o assunto ligado a um alto problema da política colonial portuguesa de que a Câmara precisa ter perfeito conhecimento:

Convida a sua comissão de colónias a estudar devidamente o assunto da administração do porto de Macau para ser resolvido pela Câmara e passa à ordem do dia.

Sala das sessões, 4 de Junho de 1925. - Rodrigo J. Rodrigues.

Leu-se a moção do Sr. Ferreira da Rocha.

foi aprovada.

É a seguinte:

A Câmara dos Deputados, afirmando o propósito de não permitir que a exploração do porto de Macau seja subordinada a interêsses prejudiciais à soberania portuguesa; e repetindo que considera indispensável o integral cumprimento das disposições das leis orgânicas que regulam a superintendência da metrópole no governo das colónias e determinam a fiscalização dos actos da administração financeira colonial, passa à ordem do dia.- Ferreira da Rocha.

Leu-se a moção do Sr. Velhinho Correia.

Foi aprovada.

Leu-se a moção do Sr. Lino Neto.

O Sr. Jaime de Sousa (sobre o modo de votar). - É apenas uma declaração de voto em virtude da moção do Sr. Lino Neto, pois nesta' questão de Macau não foi posta a questão religiosa, não se tratando do Padroado do Oriente, e vejo agora, no final da moção do Sr. Lino Neto, referências a ataques a sentimentos religiosos e, como não compreendo, não voto a moção.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Lino Neto: - Não justifiquei a minha moção mais detalhadamente para não tomar tempo à Câmara, mas, desde que se levantam dúvidas da parte de um Sr. Deputado, tenho que a justificar.

O Sr. Ministro das Colónias acusou o Sr. Rodrigo Rodrigues de ter defendido a acção religiosa no Extremo Oriente, quando S. Exa., e muito bem, procedendo patriòticamente, permitiu a transferência de uma escola.

Se não são suficientes êstes factos, ainda poderei acrescentar que um dos primeiros actos do Sr. Ministro foi revogar o regulamento do Padroado do Oriente, na colónia da índia, dizendo que o assunto viria ao Parlamento.

O que apareceu aqui?

Apenas um projecto renovado pelo Sr. Almeida Ribeiro abolindo o Padroado do Oriente.

Trocam-se vários apartes e estabelece-se sussurro na sala.

O Sr. Presidente: - Peço a atenção da Câmara.

O Orador: - É preciso respeitar as tradições do País.

Vi-me forçado a .estas considerações por virtude da declaração há pouco feita por um ilustre Deputado da maioria.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Pedro Pita.

O Sr. Pedro Pita: - Sr. Presidente: nenhuma dúvida teria em votar a moção do Sr. Lino Neto e ia votá-la sem quaisquer explicações.

A moção apresentada pelo Sr. Lino Neto é absolutamente doutrinária e a sua,