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18 Diário da Câmara dos Deputados

8.ª Não tem ainda os elementos necessários para o poder afirmar categoricamente, mas tem conhecimento de que o Banco Ultramarino só costuma enviar trimestralmente, as suas contas correntes.

9.ª Prejudicada.

10.ª Ainda não foram creditados ao Espado os 240:000 francos levantados por Almeida Pinheiro, mas o Estado não os pode perder.

11.ª Prejudicada.

12.ª Houve do facto uma tentativa, feita pelo Sr. coronel Freiria, não para um acordo, mas para um entendimento com o Banco Ultramarino.

13.ª Ainda não foi ordenada a organização dum processo relativo ao furto do 240:000 francos.

14.ª Ninguém pode ser responsável por essa falta, em virtude do se ter estado simplesmente à espera do se chegar a qualquer acordo com o Banco Ultramarino.

Em todo o caso a organização dêste processo já foi ordenada por mim, tendo despachado também no sentido de se intentar a devida acção contra o Banco Nacional Ultramarino.

O discurso será publicado na integra, revisto pelo orador, quando nestes termos, restituir as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.

O Sr. Cunha Leal: - Disse poderem estar todos satisfeitos, visto que a interpelação já teve a virtude, ao menos, de forçar o Govêrno a fazer a reivindicação, para o Estado, de quantias que andavam perdidas.

Disse o Sr. Ministro da Guerra - acentuou - que a certa altura, se estabeleceram entendimentos junto do Banco Ultramarino.

Mas quem autorizou êsses acordos surdos?

Mas há mais.

Disse o Sr. Ministro do Interior, que o capitão Almeida Pinheiro havia sido desligado do serviço em 30 de Junho; mas então ficam destruídas as afirmações, feitas há dias pelo mesmo membro do Govêrno, segundo as quais se não tinha procedido logo contra o Sr. Almeida Pinheiro em virtude da sua qualidade de diplomata.

Se estava desligado já do serviço, porque recearam os Ministros da Guerra tomar a iniciativa do qualquer procedimento contra o mesmo senhor?

Na verdade, segundo as suas informações, Almeida Pinheiro saía do serviço em 30 do Junho, mas saía louvado pelo próprio adido militar em França.

Deviam estar já instaurados os três processos: por falsificação, por deserção o por furto.

Contudo, só o primeiro se encontra ainda organizado.

O orador estranhou depois que, tendo anunciado há onze dias a sua interpelação e dito logo quais os pontos que desejava esclarecidos, o Sr. Ministro da Guerra tivesse vindo ler à Câmara apenas os documentos referentes a 1922.

Já se foz o exame à escrita do Banco Ultramarino?

Êle, orador, sabe bem que êsse exame se não podia fazer senão amigavelmente, nas circunstâncias actuais.

Mas porque se não telegrafou ao nosso Ministro em Paris, a fim de êste pedir à direcção do Banco Ultramarino que lho facilitasse a realização dêsse exame?

Porque se não anunciou também na devida altura ao Banco Ultramarino que Almeida Pinheiro se encontrava afastado do serviço ?

Tudo é estranho neste caso, afirmou.

Nós, Deputados, é que não queremos ser encobridores de criminosos.

E o Sr. Ministro da Guerra, para manter o seu nome honrado, vai certamente ordenar um inquérito rigoroso, para que tudo só esclareça.

Êle, orador, pretende ser então ouvido, pois talvez tenha interessantes detalhes a fornecer.

Quanto ao telegrama do Sr. Norton de Matos, continuo a garantir que Almeida Pinheiro esteve em Loanda, tendo mesmo entrado no Palácio do Govêrno.

Se então não foi preso, foi porque não quiseram prendê-lo.

Mas o inquérito, imparcial o rigoroso, vai esclarecer todos êstes pontos.

O discurso será publicado na integra, revisto pelo orador, guando, nestes termos., restituir, revistas, as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.

O Sr. Carvalho da Silva (para um requerimento):- Sr. Presidente: requeiro a