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20 Diário da Câmara dos Deputados

O Orador: - Devo dizer a V. Exa. que procederia conforme o que estivesse regulado.

O Sr. Ferreira da Rocha: - Mas como é que V. Exa. procederia? Apagava ao fornecedor directamente ou arranjava um intermediário?

O Orador: - Conforme, se fôsse êsse o hábito... E parece - pelo menos deduz-se isso das notas do Ministério da Guerra- que se confiava muito na boa vontade de Almeida Pinheiro.

O Sr. Ferreira da Rocha: - Via-se que havia vontade mas era de o ver levar o dinheiro!

O Orador:-Estávamos arranjados se começássemos a desconfiar de toda a gente...

O Sr. Ferreira da Rocha: - Se não houvesse ordem de pagar ao Sr. Almeida Pinheiro, nunca se tinha dado o roubo. Houve negligência no caso.

O Orador: - Achava muito natural essa ordem.

O Sr. Ferreira da Rocha: - No tempo do Sr. Achomann também o Sr. Almeida Pinheiro era o constante pagador.

Porque é que o adido militar carecia do pagador?

E o auto não é só do Sr. Vitorino Godinho, é também do seu antecessor.

O Orador:-Era muito natural que fôsse encarregado do efectuar os pagamentos, visto fazer parte do Conselho Administrativo.

Sr. Presidente: visto que o debate está generalizado, é natural que tenha novamente de usar da palavra. E, como o inquérito vai fazer-se, teria ocasião de prestar mais esclarecimentos, que porventura venha a colhêr.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Cunha Leal (para explicações): - Sr. Presidente: pedi a palavra na altura em que o Sr. Presidente do Ministério se referiu à inacção do Govêrno a que pertenci; mas, como está presente o Sr. Ginestal Machado, que presidiu a êsse Ministério, S. Exa. melhor do que eu poderá dar explicações.

Aproveito a ocasião de estar no uso da palavra para de novo fazer agitar a Câmara sôbre êste ponto que é essencialíssimo: na primeira questão procedeu-se de forma que tornou possível o furto. Havia um homem que falsificava facturas de conivência provável com o fornecedor e a ordem do pagamento dos cheques ora passada ao próprio fadário! De maneira que a simplicidade no furto era a maior de todas.

Isto é para a Câmara ver como é que os desleixes duma administração podem proporcionar aos outros as condições para que se tornem ladrões.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. António Maria da Silva (para explicações):- Sr. Presidente: tendo pedido o Sr. Cunha Leal um rigoroso inquérito respeitante às revelações feitas por S. Exa., e tendo o Sr. Presidente do Ministério declarado que lhe faltavam alguns elementos para poder dar uma resposta concreta às preguntas que lhe foram dirigidas, acrescentando que ia proceder a um rigoroso inquérito, entendi que era desnecessária a generalização do debate, porque nenhum dos Deputados presentes pode tratar do assunto mais proficientemente do que tratou o Sr. Cunha Leal.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Ginestal Machado (para explicações). - Sr. Presidente: como faltam poucos minutos para se encerrar a sessão, e como não queria começar ás minhas considerações, embora curtas, e interrompê-las para amanhã as continuar, e ainda porque o que eu tenho a dizer resume-se a pouco, queria pivguntar a V. Exa. se me pode conceder 10 minutos, porque do mais não necessito para fazer as declarações que entendo necessárias; se V. Exa. entende que não pode conceder-me êsses 10 minutos, peço-lhe que mo reservo a pá lavra para amanha.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: - Como já deu a hora de se encerrar a sessão, entendo ser