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8 Diário da Câmara dos Deputados

Estas declarações do ilustre Ministro, que têm êstes dois aspectos, são de registar, e gostosamente o faço.

Sr. Presidente: como o ilustre Ministro dos Estrangeiros não estava presente há pouco, quando eu falei, eu renovo agora o pedido que a S. Exa. tinha feito por intermédio do Sr. Ministro das Colónias.

Existem apreensões que me parecem legítimas sôbre a situação diplomática na China, visto que o nosso representante diplomático em Pequim não tomou ainda posse do seu cargo e, portanto, nesse País, no campo diplomático, nos falta uma peça que é essencial.

Disse há pouco, dirigindo-me ao Sr. Ministro das Colónias, que as potências várias, interessadas na China, tinham enviado ao governo de Pequim uma nota cominatória, que eu não sabia se tinha sido assinada pelo Govêrno Português.

Sr. Presidente: eu estou, convencido de que o Govêrno, e designadamente os Srs. Ministros das Colónias e dos Estrangeiros, têm seguido com todo o interêsse e passo a passo esta questão grave que, se até agora não reveste nenhuma gravidade especial para os interêsses portugueses, do uma maneira geral, é, no emtanto, uma questão grave que deve ser olhada com cuidado.

Mas, na parte que nos interessa mais - a do aspecto diplomático da questão - eu ouso chamar a atenção do Sr. Ministro dos Estrangeiros.

Ainda é uma enorme fôrça a nossa união com as outras potências que têm interêsses na China, e que estão agindo por certo.

Sr. Presidente: esto aspecto da questão é muito importante, repito, e a êle me refiro de novo, visto que há pouco não estava presente o Sr. Ministro dos Estrangeiros.

Tenho grande confiança na diligência o critério dos Srs. Ministros, mas convinha que à Câmara algumas palavras fossem ditas sôbre êste ponto, para que possamos ficar tranquilos e a opinião pública não tenha razão para alarmar-se.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros (Pedro Martins): - Sr. Presidente: relativamente à questão aqui versada, o meu ponto de vista é inteiramente idêntico ao do Sr. Ministro das Colónias, e acompanho-o nas considerações que S. Exa. há pouco fez nesta Câmara.

Reconheço, como os dois ilustres Deputados Srs. Ferreira da Rocha e Jaime de Sousa, que o aspecto diplomático é o ponto capital desta questão.

Já êste aspecto, portanto, tinha sido considerado no Ministério dos Estrangeiros.

A Câmara certamente não vai exigir que eu diga o que se passou aqui, e por isso, para tranquilidade dela, bastará que eu diga que o caso não tem sido, nem será, esquecido pelo Ministro dos Estrangeiros.

O Govêrno procurará tomar todas as providências no sentido de se evitarem os defeitos aqui apontados pelos dois ilustres Deputados que acabam de usar da palavra, relativamente à nossa situação neste ou noutros conflitos semelhantes.

Temos, com efeito, de estar ali bem presentes, e a nossa presença ser assegurada por alguém que bem garanta os nossos interêsses o possa, portanto, prevenir na medida do possível quaisquer eventualidades ou inconvenientes.

É isto o que tenho agora a dizer à Câmara.

Quanto à não estada do Sr. Batalha de Freitas em Pequim, não me cabe a menor responsabilidade no caso.

Quando assumi a pasta dos Estrangeiros., encontrei-o transferido para Bruxelas-

Mas o Sr. Ministro dos Estrangeiros que, repito, considera como ponto capital o aspecto diplomático da questão, envidará todos os esfôrços possíveis no sentido mais conveniente para os altos interêsses nacionais.

Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: - Em vista da deliberação da Câmara, vou pôr em discussão o parecer referente aos revolucionários civis.

O Sr. António Correia (para interrogar a Mesa): - Sr. Presidente: pedia a