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8 Diário da Câmara dos Deputados

As informações chegaram-me depois, tendo-me constado que estava pendente um inventário judicial, e que linha sido requerido um arrolamento.

Tive logo a impressão de que João Chagas tinha deixado alguns bens de valor. Esta diligência é uma das mais caras, o corresponde à existência do valores apreciáveis.

Depois chegaram ao nosso conhecimento informações detalhadas acerca do valor da herança.

Diziam-nos que o Sr. João Chagas comprara um terreno no Estoril, para nêle construir um prédio.

Esta circunstância, fez logo supor que tinha dinheiro, não só para a compra do um terreno como para a construção dessa propriedade; ou facilidade em obtê-lo.

O terreno tinha o valor de 50.000$, os móveis valem mais de 300.000$.

Informou assim quem procedeu ao arrolamento.

João Chagas tinha uma biblioteca das mais preciosas do País, que vale algumas centenas de milhares do escudos, 600.000$ ou 800.000$.

Houve já quem o dissesse.

O Sr. Presidente: - E à hora de passar-se à ordem do dia.

O Orador: - Peço a V. Exa. para me reservar a palavra.

O discurso será publicado na integra, revisto pelo orador, quando, nestes termos, restituir as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.

O Sr. Brito Camacho não fez a revisão dos seus àpartes.

O Sr. Jaime de Sousa: - Pedi a palavra para um requerimento sôbre a matéria.

O Sr. Paulo Cancela de Abreu: - V. Exa. â já disso que se passava à ordem do dia, portanto...

O Sr. Presidente:- O Sr. Paulo Cancela de Abreu não concluiu o seu discurso: ficou com a palavra reservada.

Está em discussão a acta.

O Sr. Joaquim Brandão (sobre a acta): - Sr. Presidente: não ignora V. Exa. e a Câmara que acerca da saída do alguns Deputados nacionalistas, quando da votação da moção Sá Cardoso, se tem inventado uma insidiosa campanha, pretendendo especular-se com o abandono da sala por parto dêsses Deputados.

Ora eu não fazia referência ao facto só um outro Deputado não tivesso feito eco, aqui, da campanha acintosa que lá fora se tem feito à volta de um facto vulgaríssimo no Parlamento.

Poderia citar acerca dêste assunto a atitude tomada por outros 'grupos da Câmara, e assim demonstraria que êste caso se tem dado muito menos por parto da minoria do que por parte de outros grupos. Todavia, há uma parto que quere pôr isto a claro.

Pretendeu-se que o facto do abandono por parto de alguns membros do Partido Nacionalista, na ocasião da votação da moção referida, tinha resultado de entendimentos entre os dirigentes do Partido Nacionalista e o Sr. António Maria da Silva.

Porque fui um dos que não estiveram presentes, julgo-me no dever indeclinável de dizer perante a Câmara que, junto do mim, nem por parto dos leaders nacionalistas, nem por parte do qualquer correligionário meu, me foi feita a menor insinuação para tomar a atitude que tomei.

Só perante o grupo parlamentar a que pertenço tenho que dar as devidas explicações.

Não tenho a dá-las, de direito, a mais ninguém.

Apoiados.

Mas como costumo assumir em absoluto a responsabilidade dos meus actos, entendi que não devia ser permitido desfazer a campanha do desprestígio em que se pretende envolver o meu partido e os homens que o dirigem.

Tenho dito.

Apoiados.

Vozes: - Muito bem.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: - Não havendo reclamações, considero aprovada a acta.

Foram aprovados requerimentos do Sr. Marques, loureiro para que o projecto de lei referente às águas de Viseu seja incluído antes da ordem do dia, com prejuízo dos oradores inscritos.