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Sessão de 6 de Agosto de 1925 11

posta para que seja exarado na acta um voto de sentimento pela morte dêsse grande artista.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Sá Cardoso: - Sr. Presidente: em nome da Acção Republicana, associo-me às palavras do Sr. Jaime de Sousa, acompanhando o voto de sentimento proposto pela morte do grande artista que foi José Ricardo.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Hermano de Medeiros: - Sr. Presidente: em nome do Partido Nacionalista, associo-me sinceramente ao voto de sentimento pela morte do grande comediante José Ricardo, que íoi uma das .figuras que mais honraram a scena portuguesa.

O orador não reviu.

O Sr. Carvalho da Silva: - Sr. Presidente: associo-me, pela minoria monárquica, ao voto de sentimento pela morte do actor José Ricardo.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro dó Interior (Domingos Pereira): - Sr. Presidente: em nome do Govêrno, associo-me ao voto de sentimento proposto pela morte do grande artista José Ricardo.

A scena portuguesa, efectivamente, perde uma das suas mais altas figuras.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Rodrigues Gaspar: - Sr. Presidente: em nome do Partido Republicano Português, associo me ao voto de sentimento proposto pelo falecimento do actor José Ricardo.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: - Em vista das palavras proferidas pelos representantes dos vários lados da Câmara, considero aprovados os votos de sentimento propostos pelo falecimento do Dr. João Abel da Fonseca, Fernandes Costa e José Ricardo.

Pausa.

O Sr. Presidente: - Continua em discussão o debate político.

Prossegue no uso da palavra o Sr. Pedro Pita.

O Sr. Pedro Pita: - Sr. Presidente: a moção que daqui a pouco vou ter a honra de enviar para a Mesa, depois de tantos votos de sentimento, seria também um voto de sentimento ao Govêrno, se realmente eu pudesse esperar ainda que êle viesse a ser aprovado.

Mas, como já ontem disse, não tenho nada essa preocupação, que seria absolutamente idiota depois das palavras que ouvi aos Srs. Deputados que falaram em nome dos vários lados da Câmara.

Sr. Presidente: quando interrompi ontem as minhas considerações estava fazendo umas ligeiras apreciações à ligeiríssima declaração ministerial, e afirmara que ela estava muito abaixo da inteligência do Sr. Presidente do Ministério, dizendo até que acreditava absolutamente que aquela figura que Eça de Queiroz tinha conseguido inventar, de "parlamentar brilhante com conceitos especiais", não teria dúvida em assinar esta declaração.

Diz o Govêrno que quere presidir ao funcionamento dos colégios eleitorais garantindo a maior liberdade, mas propõe-se pôr em prática os critérios administrativos scientificamente melhores.

Para completar êste quadro apresenta ainda a panaceiasita costumada em todas as declarações ministeriais de atingir o equilíbrio orçamental, suprimindo as desposas dispensáveis e desenvolvendo a arrecadação das receitas.

O Sr. Presidente do Ministério, à fôrça de ter nos ouvidos estas palavras, pelo facto de as ler nas outras declarações ministeriais, plagiou também um bocadinho.

Sr. Presidente: que Deus Nosso Senhor ouça o Govêrno, já que eu não posso ministrar-lhe aquele sacramento que desejava para o ver despedir se desta vida em boa paz e com certa pressa.

Sr. Presidente: apreciada assim ligeiramente esta ligeiríssima declaração ministerial, não quero concluir as minhas considerações sem me referir a algumas das frases que ontem ouvi aos ilustres oradores que intervieram neste debate.