O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

Sessão de 6 de Agosto de 1925 9

O Sr. Lino Neto: - Sr. Presidente, em nónio da minoria católica associo-me comovidamente ao voto de sentimento proposto por V. Exa. pela morte do Sr. Dr. João Abel da Fonseca.

O orador não reviu.

O Sr. Ribeiro de Carvalho: - Sr. Presidente: não conheci pessoalmente João Abel da Fonseca, mas sei que era um grande português, um eminente jurisconsulto. Associo-me em nome da Acção Republicana ao voto de sentimento proposto por V. Exa.

Sr. Presidente: preguntei há pouco a V. Exa. só esta Câmara já tinha prestado qualquer homenagem à memória do Sr. Dr. Fernandes Costa.

O Sr. Presidente: - Informei-me na secretaria, e soube que realmente deixou de se cumprir êsse dever. Tencionava, após a aprovação dêste voto de sentimento, referir-mo a êsse facto, procurando remediar essa lamentável falta.

S. Exa. não reviu.

O Orador: - Sr. Presidente: proponho eu então um voto de sentimento pela morto do grande republicano que se chamou Fernandes Costa.

Foi um grande republicano dos tempos da propaganda; foi um republicano que mereceu o respeito de todos nós; foi um republicano que algumas vezos ocupou a cadeira onde V. Exa. está sentado, embora provisoriamente.

Homem de bem, republicano daqueles que o sabiam ser, Fernandes Costa mereceu sempre as simpatias de todos nós.

Perante a morte de S. Exa., que todos sentimos, proponho êsse voto de sentimento, que parece-me estar no espírito de todos nós.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro do Interior (Domingos Pereira): - Sr. Presidente: pedi a palavra para me associar, em nome do Govêrno, ao voto de sentimento proposto por V. Exa. pela morte do Sr. Dr. João Abel da Fonseca, pai do Sr. Dr. António da Fonseca, actual Ministro do Portugal em Paris.

O orador não reviu.

O Sr. Hermano de Medeiros: - Sr. Presidente: pedi a palavra para declarar que em meu nome pessoal mo associo ao voto de sentimento pela morte do que foi meu amigo leal e sincero, o Sr. Dr. Fernandes Costa, e do cuja memória conservarei perene recordação.

O orador não reviu.

O Sr. Ginestal Machado: - Sr. Presidente: não podia esta Câmara esquecer-se de prestar a devida e justa homenagem à memória, para muitos de nós saudosa, do falecido republicano e homem público ilustre, o Sr. Dr. Fernandes Costa.

Sr. Presidente: quando há pouco entra na sala estava falando o meu ilustre correligionário Sr. Dr. Marques Loureiro, prestando homenagem aos mortos; julgava que V. Exa. tinha também lembrado o falecimento do Sr. Dr. Fernandes Costa, e se V. Exa. o não lembrou estou certo de que não foi por menos consideração para com a memória do ilustre morte, porque não faria sentido que tam esquecido estivesse um republicano de sempre, com leais serviços ao País, e de mais a mais esquecido numa Câmara em que, felizmente, a grande maioria ou a quási totalidade e formada de republicanos.

E mesmo que não fôsse republicano, Fernandes Costa tinha desempenhado funções no nosso País que lhe davam direito numa câmara portuguesa a ser sempre lembrada a sua memória.

Por isso, estou certo de que não houve da parte de ninguém esquecimento que representasse desprimor ou menos consideração.

Em nome dêste lado da Câmara, que tinha S. Exa. como um seu correligionário dos mais valiosos, associo me sentidamente à homenagem prestada à sua memória.

Apoiados.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: - Só por um lamentável esquecimento, porque eu não estaca nesta cidade no dia do falecimento o Sr. Fernandes Costa, a Mesa da Câmara dos Deputados não propôs a homenagem merecida à memória de tam ilustre cidadão.