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26 Diário da Câmara dos Deputados

São assim todos os homens que uma vez entrando na senda do dever nunca mais dela se desligaram, consagrando-lhe sempre as mesmas horas de amor, o mesmo infinito entusiasmo, a mesma dedicação, a mesma grandeza de alma.

Sr. Presidente: quando há pouco, nesta casa do Parlamento, eu estava convencido do que ia continuar a discussão da proposta orçamental ...

O Sr. Presidente: - Previno V. Exa. de que deu a hora de se passar ao período de antes de se encerrar a sessão.

O Orador: - Nesse caso peço a V. Exa. o favor do me reservar a palavra para a sessão seguinte.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: - Fica V. Exa. com a palavra reservada.

O Sr. Carvalho da Silva: - Sr. Presidente: uso da palavra nesta altura da sessão para chamar a atenção do Sr. Presidente do Ministério para o que de revoltante se está passando no concelho de Alenquer. S. Exa., que tem declarado que está no Govêrno para fazer respeitar o direito do todos o para ser fiel cumpridor da lei, irá ter ensejo agora de mostrar se são politicamente sinceras as suas afirmações.

Há cêrca do três meses que o delegado do Govêrno, no concelho de Alenquer, vem exercendo violências sôbre pessoas da maior respeitabilidade e do mais acentuado prestígio no citado concelho.

É o caso de aquele delegado do Govêrno conservar sob prisão essas pessoas, vítimas da acção perseguidora que sôbre elas está exercendo aquela autoridade administrativa.

Muito embora o Sr. Presidente do Ministério me dê a impressão de que não manterá para com os monárquicos aquela imparcialidade que apregoa, nem procurará conciliar a família portuguesa, pois ainda ontem no Senado aproveitou um pequeno ensejo para dividir os católicos, ainda quero esperar que S. Exa. vá providenciar sôbre o caso a que me refiro, o que reconhecerá que aquela autoridade não poderá continuar à frente do concelho que está dirigindo.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro do Interior (Domingos Pereira): - Em resposta às considerações do Sr. Carvalho da Silva, tenho a declarar que vou saber do que se passa para depois providenciar convenientemente. Se houver alguma pessoa prosa ilegalmente, não terei dúvida em ordenar a sua libertação.

Se porventura a autoridade administrativa tiver procedido arbitrariamente, não deixarei do exonerá-la.

Não sei do quem se trata.

Estou falando assim a S. Exa. sôbre lima autoridade sem saber do quem se trata.

Pode ser e mais valioso dos meus correligionários, mas isso não obsta, porque acima do tudo está o respeito à lei, e eu declaro a S. Exa. que os excessos que apontou vão ser considerados pelo Ministro do Interior.

Apoiados.

E, já agora, quero tocar noutro ponto,

Quis S. Exa. fazer um pouco do graça sôbre as minhas declarações do Senado relativamente à atitude tomada pelo Sr. Tomás do Vilhena a respeito daquilo que êle considerava as reivindicações da igreja católica em Portugal.

S. Exa. tomou a minha resposta como uma manifestação, não do conciliar, mas de impedir até a conciliação entre pessoas que tantas afinidades têm, porque o Sr. Tomás de Vilhena é um grande católico e o Sr. cónego Andrade também o é. Eu. considero muito o Sr. Tomás de Vilhena, porque já o conheço de há muito, desde os tempos em que êle era governador do Coimbra o eu um simples estudante da necessidade, tendo-me S. Exa. mandado prender por um excesso infantil do meu republicanismo.

Mas eu não digo bem: o Sr. Tomás do Vilhena talvez não me tivesse mandado prender, dada a maneira generosa como procedeu comigo, porque fui apresentado a S. Exa. e S. Exa., com o seu ar mais paternal e protector, deu-me conselhos, que eu não tenho desaproveitado para