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Sessão:de %6 de Janeiro de T92í

A" prossao. exterior existe, tuas, por virtude da ditcrèuciaç3o socia.l, ela v.li -grâilualúipiíte pesando em camadas de di-ioreàtes aítitudos, de modo que nos intervalos se •insinuoin ao liberdades individuais. . - \

O-mais profundo movimento de interio-rizagão foi o cristianismo.

Ele ó um esforço para fazer sair do ín-. timo de cada liberdade amorosa a aceitação das relaçOcs quê no exterior se Jti-nhàin realizado. • ,

. „ Cristo não vem destruir á Lei, mas fazer que ela nasça do "interior das almas em '.imitação do Pai celestial, quo é a pró-'. príá voiitade legisladora, O grande anvor unificai!te. r - . .

Õ valor social do, cristianismo está exactamente em qpe nele se revelam áè opressões da consciência colectiva e é, '• portanto, o grande momento em que as almas se aprofundam e distinguem entre a aceitação e a violência.

Ho grande silêncio dá dor tinham meditado "os miseráveis, e o seu grito de an- -gústia ô o próprio vagido da liberdade que nasce.

Tam profundo e intenso é o movimento de interiofização, que o interior /absorve todo o exterior e O dever, pressão' social externa, passa a brilhar no cé.a dás almas corno num álém-mundofsem contacto possível coni o ilusório e efémero inundo da vida material.

• Daí a fuga para um eterno céu, deixando em exílio^ desgraça, derrota e morte o inundo em que transito r iani ente va-,mos passando.

j Ardeu em labareda eterna o coração de Crister e o fogo dessa Luz ficou para sempre correndo nas vgias da terra fea-quecida! -;

E esse calor residual quevficà á embeber todo o pensamento humano e é ó . ponto de contacto do eterno, celestial "è 'perfeito, com o efémero, terrestre 6 per-foctível.

Mas o perfeito, perdido o contacto com a Experiência, degrada-se e pesará outra vez no exterior com uma pressão que irá subir de .grandeza com a distância a que fica do momento da viva experiência em que nasceu. x ..

É o dogmatismo -social e especialmente as categorias do pensamento jurídico de Roma, que toma a nova criação e sujeita

s~eu corpo eta cresòimentjo aos vestidos que o deformam e llinitam.

A escolástica é O' noínç dos monieutos em que o pensamento húmaíió d'é nada se acrescenta B jiercoiTe e circunda a grandeza do seiís domíni'QS.

Todas "as épocas $e grande rendva-niento experínientai tíSin o s"eu põríodo dê ruminação escolástica, nias' a Escolástica, é essencialmente o período de itifbrmaçflD grec'0-Jatina (e dúnl grego já muito ro-manizado) de toda a «xperiéncm sócia! © religiosa.

Era o formalismo romano 'o nào o niô-vltíleíito profundo dê libertação qtíé na Grécia tinha chegado até demasiadameíite longe no matenialisilio conâtrutivt) da física de Platão. '

Esta corrente de libertação e originali-:dade corre sob-o corpo hiei-áticD B rfgido do pensamento escolástico e, -confluindo com o oculto movimento dum cristianismo vivo e de vivas relações 'experimentais dás almas, dá a Hènascençá em qtie o homem 'SB redes'cobre, alimentado ô novo. • . •

Já; em Leonardo d'e Vinei que às águas conflirem e o novo Sol 'duma razão experimental dardeja os seus primeiros raios. -

Os deuses pagãos começani saindo do sagrado Bolo :dã Itália, que itorá. amorosa curio'sidade revolve em todos os 'sentidos e Leonardo, como coberto da lendária túnica de Pitágoras, ritmando "ô seu próprio entusiasmo, de "compasso na mão, mede, na beleza que desponta, á proporção è a harmonia, que é a própria alma geométrica da beleza etern'a é incriâda, à -mesma oudúlação graciosa do pensamento criador que se espraia.

Em Leonardo, a humanidade nova:abre .novos 'olhos infantis de universal curiosidade, .robuscan|db toda á expressão que á Níitureza ao homem pode oferecer..

E uma ansiedade de comunicação'e convívio em que todos os segredos 'se digam, (ou apenas se guardem jpara, represa d'e águas, aumentarem a beleza interior), em que'os.mais subtis movimentos de pensamento e emoção se comunicam à vida, aos seres e às cousas, falando em verso, em coro, em som,'na quente harmonia d'os mármores.