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Diária éaJs 8&8êdés do Concas»

tomens se salientaram —Garrett e Alexandre Heftíuláno -*- os quais tiveram d'e emigrar para Inglaterra, Ingá? escolhido do exílio.

. Tendo Garrett vivido nas édrtés' tb França é Inglaterra, viu é eompréèàdeú qUê ali se começavam à reviver as m0-niórias do pasâadO.

Garrett não conseguiu bem compreender o que se queria fazer com o reviver das cantatas, das Canções, das trovas, cOntos e adivinhas, de tudo quanto era produto de tradições populares de qualquer pais. Não conseguiu compreender os intuitos scientíficos deste trabalho. Em todo o caso, à Verdade é quê, Mo seu regresso para Portugal, pela primeira vez foi coligido Uin cancioneiro e romanceiro português em tempos modernos. Infelizmente, põUco dele se aproveita porque, mal compreendendo o objectivo folclórico daquele trabalho, o inutilizou, dando-lhe íbrmas literárias modernas.

Reviveu também à literatura teatral, fazendo renascer, por assim dWrniOs, o Thêatro Português, quê tinha desaparecido com Gil Vicente, ênriqueceado-o ciflni essas belas obras que todos tjonhe-çemos, O Alfageme dê Santarém, filipa de Vilhena, frei Luís dç Sousa e outras.

Alexandre HerculanO foi igualmente uni veículo para a intensificação do romantismo em Portugal, dedicando-se a éêftõs "géneros de literatura histórièo-fo-mânticâ', que também ainda não existia entre nós.

Alexandre Horculano foi o fundamen-tâdof dá moderna JHtetôrm de Portugal.

Pára Os tempos qUe iani correndo, ele não podia ir mais além da história narrativa e episódica fundamentada em textos, cróntóãs ê documento^.

Estamos numa época em que o romantismo, apesar de já ii* a caminho do seu ocaso em Portugal, na Inglaterra, na . Rússia ê noutros países ainda está dando tim fruto importante, 'consequência de 1820. Ji que em Portugal, neste momento, não se faz história propriamente dita, mas prepara se o futuro da História. Nós, .efectivamente, ainda não temos História de Portugal, á não ser a história episódica e a catastrófica. Oliveira Martins, a despeito do seu talento, nada mais fez do que história catastrófica. Realmente, véem-se em Poftugàl aparecei os episó-

dios sfciô sabermos porquê» Dao-se as câ-tâstroféâ como milagrosamente-. ^

Eni 1820 derani-se fattos e ocorrências importantes, mas de carácter absolutamente psíquico. De carácter mural, essa revolução nada nos trouxe, como nada nos trazem as revoluções; e nós estaría-íttos onde estamos mesmo que essa revolução dão se tivesse dado. Se a Revolução dia . Õ de Outubro é a obra e conéè-quência da Revolução de 1820, como já muito bem aqui se dissej^m essa Revolução de 1820 'nós poderíamos ter tido a dê 5 de Outubro, bem como sem essas dttáâ reVoluçOes lios poderíamos estar no estado em que, estamos, porquê essas perturbações revolucionárias em nada atrasam a marcha evolutiva dos aconte--éínientdSi Podein apeíias apressar* Esta ô a teoria seguida pêlo Br-. Teófilo Braga, pelo Sr. Agostinho Fortes e por este admirador de V* JEx.**

Sr. Presidente: compreende V: Ex;a 'que, seguindo neste sentido de dissertação, étt podia aqui desenvolver largamente ó significado da Revolução de 1820, mas3 como há inais oradores que se me querem seguit, e a quem eu gostosamente desejo escutar j darei por findas as mi-nhââ\considef ações, dizendo que nós, .socialistas, representantes duma corrente imensa, que não ó apenas a nossa corrente partidária, mas a corrente universal, àquela que se está a desenvolver por toda a parte, nós, os sócialistaêj não podemos deixar de nos aseoèiar ao significado da Revolução dê 1820} ac©itahdo-a cotíi todas as èUâs yàiitagens e desvantagens, sem querermos saber donde ela partiu > ê não podemos deixar de nos associar porque^ se ela resultou da desmoralização dá burguesia, também a revolução quê nós. qtterônioé que no futuro se dê, há-de resultar não só dessa desmoralização, filas da desmoralização do capi-tálismOj à qial estamos assistindo no decorrer deste século.

AssociàmO-nõs, polo, muití coídeal-meiltè a esta coffiemoraçâOi

Tenho dito.

O Sr. Presídéttté:--Tem. a palavra o Sr., Leonardo