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O Sr. Ministro da Agricultura (Jorge Nunes): — Consinta-me V. Exa., Sr. Presidente, que eu, na sua pessoa, saúde a Câmara toda.

Sendo esta a primeira vez que falo nesta casa do Parlamento, aproveito a ocasião para agradecer as palavras lisonjeiras que me foram dirigidos quando da apresentação do Ministério, assim como os elogios que agora me fez o Sr. Luís Gama.

Eu procurarei honrar êste lugar dentro das minhas fôrças com toda a lialdade.

Com relação ao ponto a que o Sr. Luís Grama se referiu, telegrafou-se para o governador civil, que disse tratar-se apenas da execução dum edital, e hoje o Govêrno pediu àquela autoridade que mandasse, com a máxima urgência, cópia dêsse edital.

Se alguma arbitrariedade foi cometida pelo Sr. governador civil, ela há-de de ser reparada.

Uma vez que, num momento difícil, me forçara a aceitar êste lugar, creiam V. Exas. que, no cumprimento do meu dever, não deixarei de pugnar pelos legítimos interêsses.

Como só agora tive conhecimento de que no mesmo distrito se estava procedendo a uma requisição de muares, chego a supor que é qualquer providência da autoridade militar, mas, logo que daqui retire, procurarei o Sr. Ministro da Guerra, de maneira a que se possa chegar a uma conciliação dos interêsses da agricultura e dos da defesa da República.

O Sr. Luís Gama: — Pedia que a Câmara me deixasse usar ainda da palavra.

Vozes: — Fale.

A Câmara, consultada, consente que S. Exa. e use de novo da palavra.

O Sr. Luís Gama: — Agradeço a resposta do Sr. Ministro da Agricultura, mas deixe-me lembrar-lhe um alvitre, e era que o Govêrno mandasse suspender a execução do edital mediamente, enquanto não chega a cópia, visto que da pequena ou grande demora na sua chegada podem resultar prejuízos incalculáveis.

Diário das Sessões do Senado

O Sr. Ministro da Agricultura (Jorge Nunes): — Vou comunicar o desejo de V. Exa. ao Sr. Ministro do Interior, e estou certo de que serão dadas imediatas providências, pelo menos emquanto se não toma conhecimento completo do edital.

O Sr. Presidente: — Comunico à Câmara que deu a hora de se passar à ordem do dia. Mas como o § 1.° do artigo 41.° do Regimento autoriza o Presidente a neste caso continuar a conceder a palavra aos Srs. Senadores que a hajam pedido para quando esteja presente algum membro do Govêrno, dou a palavra ao primeiro orador inscrito, o Sr. Severiano José da Silva.

O Sr. Severiano José da Silva: — Desejava que estivesse presente o Sr. Ministro do Comércio, mas como S. Exa. não esta nesta sala peço ao Sr. Ministro da Agricultura que lhe transmita as considerações que vou fazer.

Todos os dias, a todas as horas, nós somos incomodados, pela forma como funcionam os telefones.

É urna cousa horrível! Ainda há momentos, estando eu a falar para o Ministério da Justiça, uma empregada da estação permitiu-se o direito de cortar a ligação, não tendo maneira de continuar a falar para lá.

Todos sabem como funciona o serviço dos telefones, não sendo, portanto, necessário citar factos. O que é preciso é dar remédio ao mal.

Outro dia vinha publicado no Diário de Noticias um comunicado do Sr. Schroester, lembrando ao Sr. Ministro do Comércio que em tempo se tinha feito o necessário estudo ou plano para a construção duma rêdeem Lisboa, explorada pelo Estado, que seria o seu detentor.

O Sr. Adães Bermudes: — O serviço dos telefones deve ser municipalizado.

O Sr. Severiano José da Silva: — Ora eu sei que o Estado já tem a sua rêde, tanto aqui como no Pôrto, mas simplesmente aberta à subscrição pública inter-urbana (entre Lisboa e Pôrto). O que falta é a linha à subscrição pública inter-