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12 Diário das Sessões do Senado

A êste membro do Comércio da Câmara Inglesa referir-me-hei daqui a momentos.

Leu.

Dias depois recebi outro oficio do Ministério dos Negócios Estrangeiros, porque tive receio de que o Sr. Alfredo da Silva, valendo-se mais uma vez dos seus processos habilidosos, fôsse capaz de pretender iludir o funcionalismo do Ministério.

O Sr. Presidente: — Assim não pode V. Exa. continuar a falar.

O Orador: — Não pode haver qualquer cousa de deprimente para estas entidades nas minhas palavras.

Receando que não houvesse qualquer procedimento por parte da comissão, enviei às legações inglesa, francês, e dos Estados Unidos da América esta comunicação:

Leu.

Esta comissão tinha sido criada e organizada precisamente para êste fim, mas responde que não tem competência justamente para aquilo para que foi criada.

Leu.

Tratava-se de coligir, para fazer estatística dos bens dos alemães e estrangeiros existentes; e isto não estava nas suas atribuições?

Não compreendo.

Leu.

Foi enviada cópia desta carta às legações inglesa, francesa e dos Estados Unidos da América.

Leu.

Recebi o seguinte:

Leu.

Êste documento existe na Repartição da polícia inter-aliada, cuja cópia está, autenticada com o sêlo em branco do Ministério do Interior e assinada por todas as testemunhas que assistiram a êsses depoimentos e pelas pessoas que depuseram.

Entre elas estavam catorze membros da polícia inter-aliada, que são oficiais dos exércitos inglês, francês, italiano e dos Estados Unidos da América do Norte.

Por virtude da troca de correspondência com estas legações, porque eu duvidava da sinceridade dos seus trabalhos...

O Sr. Afonso de Melo: — V. Exa. dá-me licença? Essa comissão não tinha nada com êsse assunto.

Julgo do meu dever pôr S. Exa. ao corrente do caso, para que não se façam insinuações que possam atingir os seus membros.

O Orador: — Não estou aqui fazendo insinuações pessoais; apenas estou citando factos. Não está no meu ânimo o propósito de ofender os membros dessa comissão, porque nem sequer os conheço de nome.

Mas, como ia dizendo, foi em resultado dessa correspondência a que fui chamado ao Ministério do Interior pelo chefe da policia inter-aliada, que me preguntou o que sabia sôbre o caso.

Referi o que sabia, dizendo-me êle que produzisse as provas, pois que há muito tempo que tinham desconfiança disso, mas que não tinham as necessárias provas jurídicas.

Disse-lhe: reúna V. Exa. aqui todos os membros que constituem a polícia inter-aliada em Portugal que eu venho produzir essas declarações, na certeza, porêm, de que eu desejo que tudo quanto aqui se passar nesta sala seja lavrado um auto, por todos nós assinado, e do qual acará em meu poder uma cópia devidamente autenticada, com o sêlo em branco.

Foi em resultado destas minhas declarações que a polícia inter-aliada intimou as pessoas que depuseram perante ela, e cujos nomes eu tinha declinado, a comparecerem.

O Sr. Oliveira Santos: — V. Exa. tem por ac£,so aí êsses documentos?

O Sr. Carvalho de Almeida: — Não os tenho, mas, se V. Exas. querem, dentro de meia hora tê-los-hei aqui. Mas êsses documentos existem no Ministério do Interior, no gabinete da polícia inter-aliada.

Em tenho em meu poder cópias, que se encontram no meu cofre, e dêles só tiro as públicas formas que necessitar para os devidos efeitos, porque receio que se extraviem e não poder provar a acusação que fiz.

Entretanto, se V. Exas. desejam, eu não preciso mais do que ir buscar êsse documentos, ou, se V. Exas. querem, fá