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Diário das Sessões do Senado

quadro permanente ,dos farmacêuticos do exército o capitão Manuel Joa quiri de Oliveira, sem ter de fazer concurso, e apenas como prémio pelos serviços à República, que não sei quais foram, mas que, certamente, não serão superiores aos da pessoa a quo .a minha proposta se refere, o major Júlio Maria de Sousa.

Se Júlio Maria de Sousa tem uma destas folhas de serviços prestados 2.0 prJs e à República, eu pregunto se tem idade e posto para se ir bater-nesse concurso. Parece-me que praticar-se isto seria a maior das, injustiças.

É por todas estas razões que eu não tiv.e dúvida em apresentar esta proposta de aditamento, certo de que o Senado a votara, como é de justiça.

Voses: — Muito bem, muito bem. O orador não-reviu. Leu-se na Mesa a seguinte proposta de aditamento ao artigo 21.°

§ 4.° Acendendo aos serviços prestados à República no C. E. P. em França, como encarregado dos serviços farmacêuticas, com as melhores referências e ainda aos importantes e valiosos serviços prostLuos durante kirgo período na Direcção da" Farmácia Central do Exército onde revelou qualidcdes excepcionais do administrador e discipliiiador alórn de muita compo-tOncía profissional, ó concedido ao major farmacêutico miliciano, Júlio Maria c;e Sousa, desde já, ingressar no quadro permanente a que se refere esta loi com dispensa de concurso, ficando supranumerário no respectivo quadro até passar à situação do reserva o sendo promovido aos postos imediatos quando o for o oficia l quo na respectiva escala de acesso llie ficar imediatamente à .esquerda.

Lisboa. 24 de Fevereiro do 1921.— Alberto Carlos da Silvtira, Senador.

Foi admitida pelo S.enado.

O Sr. Júlio Ribeiro:—Sr. Presidente: é deveras p^ra lamentar, é entristecedor, chega mesmo a desolar, o facto de vermos como a crise ministerial se está arrastando cliíis e dias sem -se prever ama -solução imediata, .com incontestável prejuízo par r. o país e desprestígio dos homens políticos da República.

Não quero que deste reparo se possa traduzir o mais leve desprimor para com o venerando e ilustre Chefe do Estado, não só pelo muito respeito que lho devo, como por estar ainda convalescente da doença que o obrigou ultimamente ao leite: todavia, quero expressar deste lugar a minha estranheza por saber que continuam siststemàticamente a não querer ouvir o conselho ponderado, judicioso, inteligente e patriótico duma dasv mais destacantes e altas figuras da República, sempre que se trata de solucionar crises ministeriais.

A Câmara já adivinhou que me quero referir ao Sr. Bernaidino Machado, nosso distintíssimo colega.

Pois quê! Ouv(?m-se tantos homens, algiiEs sem situações políticas de destaque, outros que nem assentos têm no Parlamento, outros ainda que não são leaders nem chefes de partidos e esquecem-se do antigo Cheio de Estado, quo como Senador continua na política activa com um lugar de destaque no Senado?!

Não, não deve ser.

O ilustre Parlamentar, pelo que foi, pelo que é e pelo que tem direito a ser, deveria ser dos primeiros a dar a sua opinião, porque ela é sempre de mestre, aproveitável e do respeito.

Talvez se o tivessem ouvido não víssemos sempre Gsto triste espectáculo que nada nos honra e monos ainda prestigia o regime.

A consciência diz-me que não devo ocultar este modo do ver e de sentir. Exponho-o.

Xest? sinceríssimo e singelo reparo, quero apenas significar ao meu pais que há, pclD menos, uma consciência republicana dontro do Parlamento que sublinha este facto estranho ante o expressivo e irreprimível contentamento ironizante exteriorizado por monárquicos e dezembris-tas sempre que tal esquecimento se verifica. (Apoiados).

Disse.