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Diário das Sessões do Senado

E essa sedução é a que palpita em ioda a sua obra de ternura e de bondade, porque é toda de ternura e do bondade a sua obra, tocada dum lirismo senhoril, a que não se subtraem as próprias páginas dos seus trabalhos de filosofia e do crítica da História.,

Maria Amália V az de Carvalho, a excelsa escritora das Cartas a uma noiva e dos* Serões no campo, a evocadora admirável da Marquesa de Alorna e do Duque do Palmeia, foi um dos espíritos literários mais notáveis "da nossa terra, onde só outra mulher fulgira na mesma altíssima esfera a que ela ascendeu : — Caroliua Mi-chaêlis de Vasconcelos. Nunca uma figura desta grandeza intelectual desaparece sem quo. um vácuo se produza na sociedade cm que a sua obra floriu o fecundou. Está certo de que o Senado o reconheço e de que, reconhecendo-o, não deixará de prestar a sua homenagem à memória de Maria Amália Vaz de Carvalho, com a aprovação do voto de sentimento que ele, orador, propõe por essa perda verdadeiramente nacional.

O Sr. Catanho de Meneses: — Sr. Presidente : pedi a palavra para me associar às palavras, verdadeiramente sentidas e verdadeiramente merecidas,, proferidas pelo Sr. Melo Barreto.

A ilustre escritora que se chamou Maria Amália Vaz de Carvalho, nas suas obras,, não falou unicamente ao coração, o que é muito, mas falou à inteligência; e, o que é mais ainda, a sua convivência com esse" grande poeta que se chamou GUmçalves Crespo, imprimiu ao espírito da escritora uma tal suavidade que as suas obras podem ser lidas como um verdadeiro modelo da nossa literatura.

Não são as suas obras daquelas que esquecem passado pouco tempo depois de serem lidas.

Quanto mais se lerem os livros de D. Maria Amália Vaz de Carvalho, tanto mais se h á-de admirar a sua linguagem extremamente castiça, o seu alto pensamento, o brilho da sua palavra e a maneira particular, como ela tinha, de dizer as cousas por forma que se infiltrava suavemente no íntimo do nosso coração.

É, pois, Sr. Presidente, comovidamente, que eu, deste lado da Câmara, me associo ao voto que acaba de ser proposto

pelo nosso ilustre colega Sr. Melo Barreto.

Tenho dito.

O ore dor não reviu.

O Sr. Lima Alves: — Sr. Presidente: quero também, por parte dos Senadores reconstituintes, declarar que volamos, como manifestação do justiça, o voto de sentimento que acaba de ser proposto pelo Sr. Melo Barreto.

Não só- aprovamos esse justo voto de sentimento, como nos associamos inteiramente às brilhantes palavras que S. Ex.a produziu, afirmando as altas qualidades dessa senhora, que foi uma verdadeira individualidade e uma verdadeira honra para as, letras nacionais.

Assim, pois, eu tenho a maior satisfação de, em nome dos Senadores reconstituintes, me associar ao voto de sentimento e às palavras elogiosas que S. Ex.* produziu à memória do D. Maria Amália Vaz de Carvalho.

O Sr. Vicente Ramos: — Sr. Prcside'n-te: os Senadores Independentes associam--se comovidamente à proposta de sentimento, apresentada pelo nosso colega Sr. Melo Barreto, pelo falecimento da ilustre escritora D. Maria Amália Vaz de Carvalho.

O orador não reviu.

O Sr. Dias de Andrade s — Pedi a palavra para declarar que me associo ao voto de sentimento proposto pelo nosso colega Sr. Melo Barreto.

O Sr. Presidente do Ministério, Ministro do Interior e, interino, da Agricultura

(Bernardino Machado): — Sr. Presidente e Srs. Senadores: é com a maior comoção que me associo à proposta apresentada pelo Sr. Melo' Barreto.