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Diário das Setsòe* do Senado

ros. entendo i uo é preciso criar lá fora uma atmosfera do confiança, para o que alguma cousa li á a fazer e a organizar.

Xão está o Sr. Ministro da C^uerra, mas é como só estivesse. S. Ex.a conhece os meus pontos de vista, a qno tem prestado atenção.

Há um problema quo ainda não vi resolver com justiça. Refiro-me aos mutilados da guerra. Ainda hoje, à entrada para o edifício, encontrei um indivíduo dado por incapaz nos campos da batalha, absolutamente inutilizado e de quem só ignorava a existência. Vive de esmolas! Ora é preciso quo todos ponham certa humanidade na resolução rápida destes casos. Xâo podem continuar a suceder se os factos vergonhosos apontados pelo Sr. Joaquim Crisóstomo, que se referiu "n morte do oficial Bernabó.

A esse homem, condecorado pela sua conduta heróica, nos campos de batalha, tudo se lhe negou e morreu à míngu? !

Para sua mftior desdita, a sua doença causou, por fatalidade contagiosa, a morto da sua filha!

Auxiliemos o Sr. Ministro da Uuerra rm tudo que possa fazer a favor dos mutilados da guerra.

Pela pasta do Interior, Sr. Presidente, direi que muitas vezes se colocam à testa dos distritos e das administrações do concelho criaturas de débil probidade republicana e administrativa, sem espirito de conciliação e de paz, e que por vezes excitam os povos à rebelião.

j Se procurarem de entre os administradores há pouco nomeados, alguns encontrarão, neste regime republicano, que proclamaram a iraiditânial

Ora, Sr. Presidente, podiam entregar--se certos cargos a homens que nunca fossem republicanos nem monárquicos, mas não a homens que em pleno tempo de República proclamaram a monarquia !

Entendo que isto se deve dizer com desassombro.

Apoiados da esquerda.

Termino as rainhas considerações. Sr, Presidente. Falei dos mutilados, assunto que me parece que deve ter uma solução justa. Peço para eles carinho.

Falei da educação física, Peço para ela a atenção que merece.

Falei ainda do Ministério do Comércio, pedindo simplesmente que se atenda unia

reclamação que fiz. E por último peço uma boa administração 'da Terra Portuguesa.

Tenho dito.

O Sr. Querubim Guimarães:—Sr. Presidente: começo por lamentar que as bancadas ministeriais estejam quási desertas. Vejo que logo de entrada começa este Governo a proceder de igual modo que os antecessores, considerando esta Câma-ra como secundária, não lhe merecendo a consideração e respeito que ao Poder Executivo devera merecer as duas casas do Parlamento.

Eu bem sei que assuntos de ordem diversa de administração pública têm prendido a atenção dos Srs. Ministros na Câmara dos Srs. Deputados; ruas, t ratando--se da apresentação do Governo, entendo c entendi sempre, apesar de estar tudo muito mudí.do, que emquanto o Governo KC não apresentasse aqui no Senado não assistir., a nenhum Sr. Ministro o direito de comparecer na outra Câmara para tratar doutros assuntos.

E assim quo entendo que se prestigia o Executivo perante o Legislativo c vice-versa.

Nestas minhas palavras não vai de forma alguma desprimor ou menos consideração para qualquer dos Srs. Ministros não presentes. E apenas u:m facto que lamento e registo. Ainda não há muitos dias aqui interrompemos os nossos serviços à espera que se apresentasse o Governo. Era justo que a outra Câmara procedesse para com o Senado de forma idêntica.

Estes é que são os bons princípios. Este é que ó o bom sistema.

Sr. Presidente: talvez que. a circunstância de se verem quási desertas as bancadas do Ministério represente um anúncio de morte próxima do Governo!