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Diário deu Sessões do Senado

Eu, como professor que fui, sei ao qua quere chegar este projecto.

Esto a absolutamente de acordo cora o voto da Secção, e entendo que a Câmara faz um acto de justiça e até de verdadeira moralidade se lhe negar o sen voto.

Faço a j ustiça de acreditar que os autores deste projecto não o estudaram bem, porque ele visa a um acto de favoritismo e os seus autores são incapazes de fazer favoTÍtismos.

Na Alemanha, por exemplo — e eu cita este caso porque estive lá a estudar — não se admito que um aluno do uma escola seja professor'noutra escola.

Trocam-se explicações entre o orador e o Sr. Aragâo e Brito.

O Sr. Presidente : —V. Ex.a jaca com a palavra reservada para a próxima

Antes de se encerrar a sessão

O Sr. Joaquim Crisóstomo: — Quando o Sr. Lima Alves iniciou a sua interpelação ao Sr. Ministro da Agricultura, eu caa-mei a atenção deste Sr. Ministre para um requerimento que" fiz referente a uma n^ta de despesas efectuadas pela Junta do Fomento Agrícola.

São decorridos 15 dias .e não sei se S. Ex.a ligou qualquer importância ao meu pedido ou se a culpa de ma não ser enviada essa nota é exclusivamente das suas repartições.

Preciso desse documento para discutir o assunto da interpelação do Sr. Lima Alves, se for generalizada a discussão.

Aproveito o ensejo para pecir ao Sr. Ministro da Agricultura a fineza de comparecer nesta Câmara, na primeira sessão, antes da ordem do dia, porque qwrc comunicar-lhe gravíssimas irregularida-des, abusos e até crimes praticados pelo Comissariado dos Abastecimentos.

Já há tempo pedi a atenção do Sr. Ministro da Agricultura para este caso, rnas parece que S. Ex.a não deu as menca%es providencias.

Tudo corre naquele Comissariado como se se tratasse de uma casa de falcatruas, e o Sr. Ministro é acusado de proteger uma quadrilha.

O Sr. Ministro da Agricultura (Mário Azevedo Gomes): —Prove, prove o que aeabti de dizer aqui!

O Orador:—Isto é relatado nos jornais pelo Sr. Meira e Sousa, que é um republicano de velha data.

Faço justiça ao carácter de V. Ex.a, mas ó preciso que, nssta questão, tome uma atitude mais enérgica.

O Sr. Costa Júnior: — O pão que se está actualmente fornecendo à cidade de Lisboa é de má qualidade, mal fabricado e caro.

Eu sei que existe o comércio livre, mas entendo de conveniência que o Sr. Ministro da Agricultura, que se tem dedicado ao estudo deste assunto, para sossego de todos, diga ao Senado o que tenciona fazer.

O Sr. Ministro da Agricultura (Azevedo Gomes):— Sr. Presidente: eu começo por pedir desculpa a V. Ex.a de há pouco me ter altarado um pouco sobre umas acusações que o Sr. Joaquim Crisóstomo estava fazendo; não está isso nos meus hábitos, mas para mim há uma cousa que pode mais do que os meus hábitos e é contra os meus princípios, é que não posso consentir seja quem for,que faça acusações sem que prove imediatamente.

O Sr. Joaquim Crisóstomo (inteirom-pendo):—V. Ex.a tem -de mandar fazer um inquórito ou- uma sindicância, e eu prestar-ni3 hei a indicar os nomes dos indivíduos de que se fazem as acusações.

O Sr. Presidente: — Desde que o Sr. Ministro se acha ofendido com as suas palavras, eu peço a V. Ex.a o obséquio de dar uma explicação.