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Diário das Setsôeê do Senado

Já bastantes greves tem havido ene. .que isso se "tem dado.

Quanto à questão cambial, transmitirei ao Sr. Ministro das Finanças as considerações de V. Ex.a

O orador não reviu.

O Sr. Pedro Ferraz Chaves : — Pe

O Sr. Presidente:—Farei as instâncias respectivas junto do Sr. Ministro.

O Sr. Oriol Pena:—Agradeço ao Sr. Ministro a sua resposta, e quero fornecer-lhe um pequeno esclarecimento.

O tal jornal é cousa tam insignificante que não se atinge, porque sugeriu uma ameaça de violência da parte do poder central. Procurei hoje informações sobre o caso, e, apesar de o fazer jun:o de pessoas da especialidade, custou-me a encontrar uma que me dissesse o que era o tal jornaleco.

Creio que é um oitavo de papel qne se distribui por diferentes casas bancárias e estabelecimentos comerciais, e se limita a dizer se o câmbio tem tendências fracas ou firmes.

Se com estas perseguições se pretende melhorar a situação do país, melhor seria dar-nos um ataque de apoplexia fulminante para não presenciar o resto.

O Sr. Ramos de Miranda:—Eequeiro a Y. Ex.a que consulte o Senado sobre se permite que o projecto de lei n.° 562 seja o primeiro a discutir na ordem do dia. Refere-se à polícia de segurança do Estado.

Posto à votação é aprovado este requerimento.

O Sr. Joaquim Crisóstomo : —Dias depois de se inaugurar a presente sessão legislativa, em Março de 1922, reqaeri

que, pelo Ministério da Justiça,, me fosse fornecida uma relação de todos os juizes e delegados ausentes da sua comarca, e ainda se não pôde organizar essa lista, e enviá-la a esta Câmara. Peço a Y. Ex.a que mais uma vez requisite, pelo menos, esse dccumento de entre os que tenho-requerido.

You mandar para a Mesa um requerimento pedindo que mo seja fornecida uma relação de todos os documentos que tenho pedido, para Y. Ex.a tomar conhecimento do número e importância deles, e tomar as providências que o caso reclama.

De contrário, vejo-me impossibilitado de exercer as funções de Senador com aquela verdade e rigor com que as poderia exercer se porventura as repartições me fornecessem os documentos que tenho pedido.

POsto isto, vou agora passar a referir--me à manifestação popular que se realizou na última sexta-feira contra a carestia da vida.

Ainda não pude alcançar, nem ver bem, os objectivos dessa manifestação. É claro que se lhe deu uma explicação legalista, moral e espontânea do povo de Lisboa. Em todo o caso, eu tenho as minhas dúvidas sSbre as causas ou os motivos que determinaram essa manifestação de vontade do povo; duvido se os seus propósitos não eram intimidar o Governo, ameaçando-o de que, se não tomasse prontas e imediatas providências no sentido de ser, não digo resolvido mas atenuado o problema da vida, o povo tomaria a liberdade- de actuar conforme as suas conveniências e consoante a gravidade do caso.

Não sei, Sr. Presidente, se essa manifestação também pretendeu atingir o Parlamento, porque a forma como os manifestantes se apresentaram em frente do palácio do Congresso , deixou profundas dúvidas no meu espírito,,

Se eles viessem ordeiramente, se viessem simplesmente reclamar, nSo precisavam de hastear uma bandeira negra, símbolo da fome, como uma ameaça, e ao mesmo tempo manter-se-iam ordeiramente, não empregando termos nem expressões menos respeitosas para com a soberania nacional.