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Diário das Sessões do Senado

bado, puxou do um revólver, houve desordem, veio a polícia que apreendeu pertences do jogo, mas depois a mesma polícia é que declara que niugaóm estava a jogar.

Na Madeira passam-se casos muito graves com a permissão do jogo.

Espero .que o Sr. Ministro dê providências rápidas para que isto cesse.

Aproveito o ensejo para dizer qae é preciso liquidar-se com urgência os bens dos sanatórios da Madeira a fim de não suceder que o que existe se estrague con-pletamenie. com prejuízo para todos.

O Sr. Ministro do Interior (Sá Cardoso) : — Já tomei na devida consideração a questão do jogo.

Oficiei ao Sr. governador civil para que desse as providências precisas.

Kecebi lia dias uma comunicação cê S. Ex.a garantindo que havia tomado na devida conta as minhas indicações, e que tinha proibido em absoluto o jogo.

O Sr. Procópio de Freitas: — ;,Em que data o Sr. governador civil respondeu?

O Orador:—Não encontro agora aqui a precisa indicação.

S. Ex.a acrescentava que procedia cora gosto; porquanto era contrário ao jogo, embora soubesse que, se por um lado a proibição representava um beneíício para a população, também se traduzia num prejuízo porque afastava os turistas.

Quanto ao jornal, não posso dizer os termos que usa esse jornal, e acho um pouco extraordinário o caso. Eu procurarei averiguar e participarei depois a S. Ex.a o que pude saber.

Não contente com isto, expedi uma

circular aos Srs. governadores civis para que reprimissem o jogo.

O mesmo havia dito e íeito em Lisboa, estando até, neste momento, algumas casas fechadas.

Mas continuo a dizer o que o outro dia afirmei ao Senado : — o Governo não tem os meio;: necessários para fazer uma repressão completa do jogo.

Quando o outro dia se deu o caso do Bristol, o Sr. comissário da polícia mandou prender o inquilino da casa e os porteiros, mas mandou-os pôr mais tarde em liberdade por falta de elementos. Pondo--me em contacto com S. Ex.a, não concordei cem as razões apresentadas, quanto à prisão dos porteiros, porque eles contrariaram a entrada da polícia, o que para mini ó já um motivo a considerar, mas o facto é que esses indivíduos já estavam em liberdade.

Acabarei por lembrar, como o outro dia, cuo o Senado tem pendente um projecto que pode remediar o mal.

Com relação aos sanatórios da Madeira, eu informarei o Sr. Presidente do Ministério e Ministro das Finanças do caso.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O" Sr. Presidente : — Não me ocorreu dizer que o Sr. Presidente do Congresso de Natação convida os Srs. Senadores para a sessão solene do dia 2 de Maio, pelas 17 horas.

A próxima sessão é na sexta-feira, à hora regimental, sendo a ordem do dia os projectos que estavam dados para hoje e mais a proposta de lei n.° 630.

Está encerrada a sessão.

Eram 19 horas.