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Diário das Sessões do Senado

pressado por forma que pode à primeira vista parecer menos respeito h Presidência. Mas não é assim. Pode V. Ex.a crer que isso é unicamente devido às paixões que se desenvolveram em volta deste problema.

Isto mesmo se tem dado nos parlamentos estrangeiros, no francês, inglês e italiano, sem que contudo signifique menos respeito pela pessoa do presidente.

Creia V. Ex.a, Sr. Presidente, que todo o Senado tem por V. Ex.a o maior respeito e consideração.

Tenho dito.

O Sr. Alfredo Portugal: — Sr. Presidente : sabe V. Ex.a quanto é grande a consideração que tenho pelo ilustre Presidente do Senado e sabe também que essa consideração não é única e simplesmente pessoal, porque é de todo o parti do que aqui .estou representando — o Partido Nacionalista.

Sabe muito bem, Sr. Presidente, que não é esta a primeira sessão legislativa que Y. Ex.a merece do Senado a justificada honra de ser eleito para a ela presidir, eleição feita por unanimidade, e, por conseguinte, pelos votos todos do meu partido, e isto, naturalmente porque este considera. V. Ex.a, para a República, como uma sentinela vigilante, um esteio vigoroso.

Bastava este facto para demonstrar que não pode V. Ex.a deixar de continuar a presidir a esta Câmara, porque ela o não consente.

Bastava lembrar-se do calor que por vezes se pôs na discussão deste projecto, calor e vivacidade de quem quere ver, de parte a parte, melhorada uma lei que pode dignificar o Parlamento, para desculpá-los.

Por isso, aceite V. Ex.a os protestos da minha estima e consideração pessoal, afirmando-lhe que vão com eles também a estima e consideração bem fundadas do Partido Republicano Nacionalista.

O partido em nome do qual tenho a -honra de falar, magoar-se-ia muito como todos nós se V. Ex.a insistisse ein abandonar o alto cargo, onde está muitíssimo bem.

Muitos apoiados.

V. Ex.a não pode, pois, nem deve sair

sse lugar, dêApoiados.

O Sr. Procópio de Freitas: — Sr. Presidente: a forma imparcial, justa e correcta (apoiados gerais} com que V. Ex.a dirige os trabalhos desta Câmara, merece, sem dúvida a consideração de todos nós.

V. Ex.a de facto —tenho-o observado— dirige os trabalhos desta Câmara, sem ter a preocupação partidária, mas pensando apenas que é um republicano que está a presidir ao Senado da Eepú-blica, e, portanto, prestigiando as instituições.

Efectivamente, houve no decorrer desta discussão, por vezes, uma certa agitação, mas eu estou conveucido de que essa agitação de maneira nenhuma queria envolver a mais pequena falta de respeito por V. Ex.a

Quero, no emtanto, aproveitar a ocasião para preguntar a V. Ex.a o seguinte:

Parece-me que não.

O Sr. Dias de Andrade: — Sr. Presidente: pedi a palavra para me associar às considerações feitas pelos meus colegas.

Mais uma vez afirmo a V. Ex.a a minha muita consideração e estima.

O Sr. Oriol Pena: — Sr. Presidente: reconhecer que V. Ex.a exerce as suas funções com inteira independência, é a verdade; (apoiados gerais), reconhecê-lo, em nome da minoria monárquica, que não tem de V. Ex.a o menor agravo é simplesmente justiça.

Vozes:—Muito bem. Muito bem.

O Sr. Joaquim Crisóstomo: — Sr. Presidente: creio bem que, alguma vez, posso, de qualquer forma, ter procedido de maneira a incorrer no pouco agrado de V. Ex.a; mas se isso é possível, é certo que nunca da minha parte houve qualquer intenção de menos consideração por V. Ex.a, como tenho a convicção de que a não houve da parte de qualquer Sr. Senador.

Apoiados gerais.