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Diário das Sessões ao Senado-

Tudo isso, ein vez do sor deitado abaixo, ó aproveitado para os serviços do exploração, que estavam sein os abrigos indispensáveis para o seu material, que se estraga com a exposição ao tempo.

Para remediar estes inconvenientes era absolutamente indispensável arranjar local, o que equivalia a uma importante economia.

Se as oficinas fossem construídas no Barreiro es serviços teriam c;o paralisar por completo talvez durante uo ano.

E o director dos caminhos do ferro ponderou: ,;Pois então agorr., que mais se- precisa do trabalho dessas oficinas, agora qce mais necessário só torna que elas" entrem numa maior actividade, agora é que se vão demolir?

Com a mudança para o Pinhal Novo as cousas mudavam muito de figura. O terreno era magnífico e seis vezes mais espaçoso o local reservado às oficinas, o que concorria para que as mesmas se concluíssem muito mais rapidamente.

O Sr. Ministro do Comércio, que não se mostrou contrário a esta mudança, nomeou uma comissão .para estudar o assunto.

Não sei se S. Ex.a já tem em seu poder o Darecer dessa comissão, nas, conhecendo os engenheiros que dela fazem parte, <_3ston p='p' que='que' de='de' opinião='opinião' diversa='diversa' expor.='expor.' convencido='convencido' acabo='acabo' manifestarão='manifestarão' não='não' daquela='daquela'>

Por consequência, sob o ponto do vista da economia, o único argumento que S. Ex.;i apresentou é contra o seu despr,cho, pois o que se pretendeu foi justamente gastar muito menos dinheiro com muito mais proveito.

As actuais oficinas tinham para a sua instalação apenas cerca de 39:000 metrcs quadrados, não s 13 prestando z qualquer ampliação futura, emquanto quo no Pinhal Novo o terreno escolhido tem cerca de 176:000 moiros quadrados. E com os géneros ainda por colher o seu custo orçava por cerce, de 200 contos.

O argumento de não ter sido ouvido o ConseLio Superior de Obras Públicas é destituído de qualquer base; tanto quo para o processo inicial o mesmo Conselho Superior de Obras Públicas não foi consultado e apenas foi ouvida unia comissão técnica de engenheiros dos Caminhos de Ferro.

O Sr. Ministro pretendeu ainda agarrar-se à circunstância de, no contrato-feito para as oficinas, estar a palavra «Barreiro». .-

Estava «Barreiro» como podia estar simplesmente «as oficinas dos Caminhos de-Ferro do Sul e Sueste».

jEra uma questão de designação, mais-nada.

E a prova é quo não há nenhum artigo-nem disposição nesse contrato donde conste a obrigação de só fazer a construção das oficinas no Barreiro.

Para a rapidez e facilidade de montagem convém mais que osso trabalho seja, feito no Pinhal Novo.

Por consequência, não havia, sob qualquer ponto de vista, o menor inconve-niente cm quo as oficinas fossem construir das no Pinhal Novo.

S. Ex.a referiu-se a várias representações quo recebeu, reclamando contra a construção das oficinas no Pinhal Novo-Há equívoco. Foi apenas uma representação com assinaturas de várias entidades.

E natural que algumas entidades, sobretudo o comércio de vinhos, se julguem prejudicadas pela retirada das oficinas do Barreiro, mas evidentemente que isso não era,* razão suficiente para só opor aos interesses dos Caminhos do Ferro do Estado.

Quando os representantes dessas classes-me procuraram para me entregar a representação, eu tive ocasião de dizer que não era fundado o perigo que eles viam em que fossem prejudicadas as forças vivas do Barreiro pela retirada dos operários dessa localidade, porquanto a maior parte da população operária do Barreiro-não vivia ali.

O que não tem justificação é a atitude-do Sr. Ministro do Comércio, e tendo-me-preguntado qual a minha opinião, S. Ex.a não tivesse feito à minha resposta a mais leve observação, dando depois aquele acintoso despacho, o que significava que-S. Ex.a já premeditava a desconsideração quo fez a um funcionário superior para o> desgostar.

S. Ex.:i até à data da minha saída não-teve ncnjum facto pelo qual me pudesse acusar de fnlta do correcção ou de atenção para com o Ministro em serviço público.