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Diário das Sessões do Senado

gás não aproveitaria ao movimento de passageiros para o Sul, visto que a linha iria parar à Amadora! Já expliquei ao Senado que nenhuma dificuldade técnica impedia a ligação em Xabregas. O Sr. Miguel Pais que foi um dos nossos engenheiros mais distintos, fez aqueles estudos e firmou a sua opinião cm bases seguras. *

Sob o ponto do vista técnico, repito, o problema r.ào oferece dificuldades. A dificuldade que pode haver 6 sob o ponto de vista financeiro. Por isso, lhe deu o meu voto no sectido do se estabelecer a comunicação erntro as duas margens do Tejo, no sítio em que seja mais conveniente.

Pareee-rce que não será música celestial que a Câmara se pronuncio sobre a necessidade urgente de estabelecer essa comunicação ficando o Governo de estudar o- problema sob o ponto de vista técnico.

Com estos esclarecimentos, declaro que-voto a proposta apresentada pelo Sr. Roberto Baptista.

O Sr. Carlos Costa: — Sr. Presidente: eu declaro qae não estabeleci confusão alguma entre este projecto o um que está na Câmara dos Srs. Deputados: distingo perfeitamente os fins a que visam esses dois projectos.

Também me não interessa saber neste momento se Montijo será ou não a testa das linhas dos caminhos de ferro do Sul e Sueste, mas não deixo de reconhecer q-.ie, se não for, de nada servirá uma ponto ligando Mon ijo a Xabregas.

Eu continuo a não considerar como boa a idea duma ponte entre os dois pontos indicados, muito especialmente pela sua eiiormíssima extensão, mas sou, como já tenho declarado, apologista da idea de se ligarem as daas margens. Agora quanto ao modus faciendi é que eu r ao estou de acordo que seja por uma ponte, pelo menos por uma ponte nestas condições

j Indica também o projecto, que a pon*te deverá ser feita por uma companhia portuguesa, com capitais portugueses!

Eu entendo que isso é absolutamente

impossível fazer-se, presentemente porque uma obra de tal natureza exigiria um onorme dispêndio do capital, ainda mais avolumado pelo reduzido poder de compra da nossa moeda, c mais tarde, quando ela se valorizar, não será possível obter rendimento compensador para tam aviltado capital.

Também não estou de acordo com uma indicação feita sobro a necessidade de se descer a 50 metros de profundidade para a ligação, por um túnel, entre as duas margens; essa opinião foi dada há perto de trinta aunos e todos nós sabemos que hoje. êsso género de trabalhos está muitíssimo modificado e nada talvez nos impeça de construir um túnel em condições de não ter que descer a 00 metros de profundidade.

O Sr. Ministro da Guerra (Vieira da Rocha) : — Em vista das considerações apresentadas pelo ilustre Senador Sr. Rego Cãagas, tenho a declarar que troquei correspondência com S. Ex..a sobro o assunto.

Ê corto que S. Ex.a não indicara a forma de o resolver.

Tendo S. Ex.a dito que não achava necessária a existência da comissão e desde que não havia fundo para fazer faço aos encargos, por já terem gasto 30 e tantos contos, em que parte está ainda em dívida ao conselho administrativo do Ministério da Guerra, sem se saber quando seja pago, e em vista das autorizações parlamentares, entendi que podia baseado na interpretação que tinha a carta de V. Ex.a o decretar naquele sentido, visto fazer-so uma economia para o Estíido..

Como já tive ensejo de dizer na outra Câmara parece ter havido uma má interpretação pela fornia como foi publicado o decreto.

O decreto não tem por fim hostilizar seja quem for (Apoiados). Não é meu uso nem meu Iiábito melindrar pessoas, apenas o que houve foi intenção de acabar com algumas despesas.