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Diário das Sessões do Senado

único jornal republicano que, até fiual, combateu a política sidonista.

Apoia/os.

Por ruim. aguardaria em casa os acontecimentos, tanto mais que a minha situação miLitar, em Coimbra, seria ainda um salvo condito, mas a família alarmada juntava os seus rogos aos dos meus amigos, saindo de casa nessa noite, com a família, e mandando vigiar, por soldados •do grupo de saúde, cujo quartel é muito próximo da minha residência.

No dia seguinte fui informado, por un; oficial que me era dedicado, dos acontecimentos dessa noite no quar:el general. Um dos cÊciais mais metido na conjura dirigira-se pelas 21 horas da referida noite ao quartel general e, naturalmente para palpitar as disposições do comandante da divisão disse-lhe: —«'.General, esta noite V. Ex.a não terá olhos, nem eu-uvidos!» Tamagnini, compreendendo o alcance da atrovida observação, levantou-se da cadeira onde estava èentado, aprumou-se e respondeu : — «j Esta noite, Sr. oficial, é que eu terei muitos olhos e muitos ouvidos!» Acto contínuo transmitiu a toda a guarnição da cidade ordens tam rigorosas de policiamento que os desacatos não se produziram. E assim, com este nobilíssimo piocedimento evitou o general Tamagnini um 16 de Dezembro, em Coimbra, semelhante, talvez, ao 19 de Outubro,, em Lisboa.

Apoiados.

Bastava este facto, Sr. Presidente, para os republicanos de Coimbra, e de todo o país, respeitarem comovidamente a memória daquele que soube ser forte e dis--ciplinador no campo da batalha, austero, brando e bom, nas vicissitudes da paz.

Muito bem.

A gratidão dos conimbricenses, especialmente, não pode, não deve extinguir-se jamais.

Apoiados.

Associo me, pois, com todo o pfssar, em nome do grupo parlamentar da Acção .Republicana, à proposta de V. Ex.a, Sr. Presidente, proposta que vem continuar esta plúmbea atmosfera de luto, pela perda de portugueses ilustres, cue dentro em pequeno espaço do tempo, a Nação dolorosamente suporta.

Muito bem. Apoiados.

Teuho dito.

O Sr. Roberto Baptista: — Sr. Presidente: em meu nome pessoal associo-me, com profundo pesar, com sentida comoção, ao voto de sentimento proposto por V. Ex.a

O general Tamagnini de Abreu era, de facto, na nossa sociedade, uma figura de destaque, que se impunha à consideração e ao 'respeito de todos.

Não era só um oficial muito ilustre;.era um verdadeiro homem de bem (Muitos apoiados), o que ainda hoje, para todos nós,, representa alguma cousa.

Anteriormente à nossa participação no teatro de operações ocidental da Grande Guerra o Governo escolheu o general Tamagnini de Abreu para comandar a primeira divisão mobilizada, que constituía a divisão de instrução que se reuniu no campo de Tancos, e mais tarde, decidida essa participação, nomeou-o comandante do Corpo Expedicionário Português.

Sr. Presidente, ainda é cedo para poder fazer-se uma análise desapaixonada do que fo; esse período da nossa história política; não é este mesmo o momento oportuno para essa apreciação ser feita. Apenas, Sr. Presidente, uma afirmação desejo fazer: é que o Governo de então não po^ia ter encontrado um mais competente, um mais leal colaborador.

Muitos apoiados.

No momento em que ao nosso exórcito quási tudo faltava, o general Tamagnini de Abreu, mercê do seu grande bom senso e da sua superior competência técnica, orientou duma forma essencialmente prática, mas verdadeiramente notável, os trabalhos de preparação da nossa participação militar, participação essa que, como já tive ocasião de salientar, numa sessão realizada na Sociedade de Geografia, não teria sido efectivada, senão-tivesse a orientá-la superiormente a tenacidade forte e a fé inquebrantável do Ministro da Guerra de então, e a dirigi-la a alta competência do falecido general.

Muitos apoiados.

O general Tamagnini de Abreu, depois de ter comandado a divisão do instrução em Taucos, foi o j) ••. n *; r > ; > a i 111 L <_ p='p' português.='português.' corpo='corpo' expedicionário='expedicionário'>