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Diário das Sessões do Senado

oCba\-(S; rissem ajudadas pelo Governa na nobre missão de engrandecimento da raça.

(Queria também, Sr. Presidenta, ao mesmo tempo qie o Governo auxiliasse estas associações, fizesse extremar os campos, isto é. q:ie a protecção do Estado fosse iinica e exclusivamente para aquelas que tivessem por fim o desenvolvimento f.sico dos seus associados e não propriamente o mercantilismo.

E isto que espero do Ministério e do Parlanerto.

O Sr. Ernesto Navarro: — Sr. PresiJen-te: a discussão do projecto de lei n.° 402 tem dado lugar, quanto a mini erradamente, a qu? ligue o objectivo da ponte a que CL1' se refere- com o objectivo da ponto qn3 constitui o efectivo co prqjjcto que foi apresentado na outra casa do Parlamento, a ponte Centre Almada e a Rocha do Conde de Óbidos.

Sr. Presidente: estes dois objectivos são diferentes.

A ponto à que se refere o outro projecto íem como fim principal a ampliação da cidade de Lisboa. É um projecto de urbanização.

A base dCste último projecto foi o estudo feitu em 1889 pelos conhecidos engenheiros Bartissol e Seyrig, sobre o qual é interessante elucidar V. Ex.as com alguns dadcs deste projecto.

Esta ponte tinha 2:2G5 me';ros e os seus arccs permitiam uma altura livre de cerca de 50 metros para a passagem dos navios de glande lotação. Importava ao câmbio de então, com a ligação cem a linha do Sal e Sueste, em 46 milhões de franco^, ^cma esta que ao câmbio actual seria cerca de 46:000 contos.

O Sr. Afonso de Lemos: — £ Desse modo as linhas do Sul e Sueste ligavam cora a estação do Rossio?

Orador: — Sim, senhor.

Estava orçada então em 46:000 contos, e com a subida do custo das obras metálicas iria para cerca de 50:000 a 60:OCO contos.

Foi este projecto, que assentava em bases técnicas e num estudo consciencioso, que serviu cê base ao projecto espanhol,

que não tem nenhuma consisíênc:a técnica.

A ponte de Almada é pois, e sobretudo, uma. obra destinada a facilitar o desenvolvimento da cidade para a outra margem, no que eu não vejo grande be-nef.cio.

Com efeito, eu tenho uma opinião diferente dos partidários desta ponte, porque entendo que Lisboa já é uma capital demasiado grande e populosa para um país com uma população de 6 a 7 milhões de habitantes.

A margem norte do Tejo ainda tem grande disponibilidade de terrenos para construções urbanas o de bairros operários, sem necessidade de maior expansão para a margem sul.

A ponte do Montro, pelo contrário, tem em vista principalmente a ligação ferroviária entre as duas margens de for-' ma a permitir trânsito directo de passageiros entre Lisboa e o sul e a facilitar o abastecimento da capital de géneros de consumo, o que representa alguns comboios por dia. fazendo-se actualmente esse tráfego com grande dificuldade e depesa devido ao seu transbordo e ao transporte fluvial.

A construção desta ponte, portanto, irnpõe-sc, tornando-se absolutamente necessária para a normalização dos serviços da cidade, independentemente da construção do porto do Moutijo.