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Diário das Sessões do Senado

me associar ao voto de sentimento proposto por V. Ex.a

O falecido era um oficial distintíssimo, que prestou à Pátria e à República relevantes serviços, já durante a guerra, já depois", prestando serviços relevantes ao Alto Comissário de Angola.

O Senado, a mon ver, associando-se a este voto de sentimentoK só presta justiça a um grande republicano. Portanto, Sr. Presidente, o Governo associa-se ao voto de sentimento proposto por V. Ex.a pela morte do coronel Sr. Vasconcelos Dias.

O Sr. Procópio de Freitas: — Sr. Presidente: pedi a palavra para me associar ao voto de sentimento proposto por V. Ex.a pela morte do Sr. coronel \7ascon-celos Dias.

O Sr. Presidente :— O Sr. Artur Costa pediu a palavra para, em negócio urgente, tratar com o Sr. Ministro do Interior sobre a concessão que se vai fazer relativa a jogos ilícitos na cidade da Guarda.

Foi autorizado pela Câmara a tratar do assunto.

O Sr. Artur Costa: — Sr. Presidente: começo por agradecer à Câmara a sua gentileza, concordando que eu tratasse já, om negócio urgente, deste assunto que eu considero importantíssimo, e a que dei este carácter de negócio urgente por ver que só aproxima a época eru que se pode realizar osso facto, anormal, que é autorizar o jogo da batota por ocasião das próximas festas do S. João.

Eu simplesmente quero dizer ao Sr. Ministro que tenho informações concretas • de que os empresários de jogos ilícitos— que pretendem que pste ano sejam autorizados a estabelecê-los na Guarda — declararam que contam, c já têm i*, promessa das autoridades superiores do distrito, para que possam jogar.

Sr. Presidente: en não quero tomar muito tempo à Câmara com as. minhas considerações quo serão muito breves.

Não acredito, Sr. Presidente, que sejam quaisquer entidades que dêem essa autorização.

Estou ccrfo de qoe o 'Sr. Ministro tem dado as suas ordens, bem expressas, para

que não sejam permitidos os jogos de azar, mas tenho o devor de pôr V. Ex.a de sobreaviso,- e poço a V. Èx.a que inste junto das autoridades desse distrito para que não seja permitido o jogo.

E ao mesmo tempo, Sr. Presidente, seria vergonhoso, quando se vai realizar o segundo congresso daquele distrito, que se abram as casas de batota, que há três anos se não abrem, porque o último governador civil proibiu eficazmente o jogo de azar nesse distrito.

Portanto, mais uma vez peço a V. Ex.a que dê ordens terminantes para quo se proíba duma maneira eficaz quo se jogue.

Nos anos anteriores também se não jogou.

E se o Sr. Ministro do Interior quiser ter o incómodo do averiguar da veracidade das minhas palavras certamente S. Ex.a obterá a resposta mais completa pela confirmação delas.

Se se conseguisse que pela província fora se reprimisse o jogo, como ele foi reprimido durante três anos- na Guarda, nós teríamos dado uni grande passo para a moralização dos nossos costumes.

O que me interessa, pois, ó quo pela realização da feira de S. João, na Goarda, o pela do respectivo congresso distrital as casas de jogo não estejam com as suas portas abertas.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Ministro do Interior (Sá Cardoso):— Sr. Presidente: ouvi com muita atenção a exposição que acaba de fazer o Sr. Artur Cos"a.

Estou convencido de que se não joga na Guarda: E não quero admitir, nem por hipótese, quo as autoridades daquala cidade façam qualquer cousa do contrário às ordens que já tOm.

Mas; só tal se viesse a dar, eu demiti--las-ia, só só do mim isso dependesse, e chamaria à responsabilidade as outras.

O Sr. Artur Costa: —Eu o que disse foi que os batoteiros esperam mais ou menos quo se deixo jogar.