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Diário dás Sessões- do ^Senado-

de lucro, um empréstimo de 200.000$ na Caixa Geral de Depósitos! ,

j O Sr. Sá Cardoso ligou-se, dentro, duma Companhia desonesta, a indivíduos que falsificaram uma assinatura!

j O Sr. Sá Cardoso entrou sem pejo 'para uma Companhia que bmlou o Estado furtando-se a pagar os impostos que. devia!

O Sr. Sá Cardoso, coroneí, ex-Presi-dente da Câmara, Ministro, fez parte duma Companhia que burlou o Estado, falsificou assinaturas, mandou sovar operários e intrujou a Caixa Geral de Depósitos. • '

j E é este o homem que, guindado pelos acasos da política às alturas de Ministro do Interior, se permite encarcerar operários, perseguir um jornal honesto como A Batalha e aparecer sorridente no Parlamento, como se não tivesse a pesar-lhe na consciência o crime tremendo de ter ajudado a fomentar a miséria do povo o a ruína do Estado de que se diz defensor !»

Eu estimaria imenso que S. Ex.a rebatesse tcdo isto, e que a impressão causada à Câmara pelas suas palavras seja a melhor possível.

O Sr. Ribeiro de Melo:—Desejaria, Sr. Presidente, antes de o Sr. Ministro do Interior asar da palavra em resposta a algumas considerações que aqui foram feitas, dizer umas breves 'palavras sobre o assunto alusivo à Companhia de Cal e Cimento. . ••

Creio que isso seria até útil a S. Ex.a, porquanto assim responderia de uma só vez a todos os oradores, em vez de estar a responder a cada um por sua vez.

O Sr. Ministro do Interior (Sá Cardo-,so): — Por minha parte não vejo inconveniente no pedido do Sr. Ribeiro de Melo.

O Sr. Ribeiro de Melo:—Requeiro que se consulte a. Câmara sobre se permite que eu use novamente da palavra. • Foi permitido.

' O Sr. Ribeiro de Melo: — Os meus agradecimentos à Câmara.

•A pessoa que trouxe' à Câmara a questão de cal e cimento, como uma empresa

qu'e sistematicamente burla o Estado nãtf:. pagando as contribuições que deve, foi eu. .

Os documentos a que me referi estão em meu poder.

Hão os tenho aqui porque esperava uma» • ocasião para no assunto falar.

Mas-.como A Batalha circunstanciadamente se referiu ao Sr. Ministro do Interior, eu não queria de modo nenhum que-, o Sr. Ministro ou- a Câmara pensassem, que tinha sido eu o inspirador desse jornal.

O que sei a respeito dessa companhia, tenho guardado pára mim.

Não tenho feito comícios sobre o as'-' sunto, nem ninguém até hoje se chegou: junto de mim a pedir que tratasse ou não-deste assunto. ,

Também não encontrei nenhuma nota-de culpa contra o Sr. Ministro do Interior, quanto à sua actividade como republicano e como homem, público; antes, S. Ex.a aceitou o lugar que hoje ocupa demitindo-se imediatamente das funções-que exercia naquela sociedade particular-

A-influência que porventura, particularmente, o Sr. Sá Cardoso tem manifestado na gerência daquela companhia deve-se atribuir à alta capacidade de S. Ex.a e à sua inteligência.

Convém dizer isto com toda a leal-

Assim procedeu o Sr. Ministro e não sei de mais ninguém que tenha assim procedido.

O orador não reviu.

O Sr. Ministro do Interior (Sá Cardo-* só): — Como para aqni há mais Srs. Senadores que queiram falar sobre o assunto, o melhor, para não ter de repetir as minhas considerações, é falar só no fim.

O Sr. Presidente : — Consulto a Câmara sobre se permite a generalização do debate.

A Câmara resolveu afirmativamente.

O Sr. Joaquim Crisóstomo : —O Sr. Pro-cópio de Freitas, pedindo a palavra para tratar deste assunto, antecipou-se, visto que eu pretendia referir-me a ele.