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Sessão de 20 de Junho de 'Í924

'Batalha pelas acusações graves que-fazia ao Sr. Ministro, atribuindorlhe factos concretos que, a prescreverem-se, importava para S. Ex.a uma situação difícil e melindrosa.

-' Diz-se no jornal que essa companhia tem uma escritura falsificada para se eximir ao pagamento devido da contribuição industrial, e que incluiu no número dos seus directores o Sr. Sá Cardoso, para o fim de alcançar um empréstimo. ;

Qualquer consideração que S. Ex.a faça é insuficiente, e deve-se ir mais longe, proceder-se a um rigoroso inquérito, por modo a castigar os acusados se os houve-, ou os acusadores que nada provarem. •

Acusações se têm feito ao Sr. Américo Olavo, dizendo que S. Ex.a, como sócio da Companhia Vulcano, manifestou a sua má, vontade contra os aviadores porque estes organizaram um serviço de coaser: tos e reparações dentro dos seus serviços, que fazem concorrência àquela companhia.

E S. Ex.a ainda'não teve a coragem de de se exonerar' e de pedir um inquéritoí

E necessário, que se entre no caminho das averiguações.

Se a imprensa acusa sem fundamento é necessário que sofra as consequências.

É preciso acabar com este estado que permite que todos os dias se façam acusações gravíssimas contra os homens públicos e se viva neste meio tam cheio de suspeições.

' Quando foi da campanha da imprensa republicana contra o Crédito Predial, o Sr. Dr. Montenegro, apesar de pertencer ao conselho fiscal, .entendeu afastar-se das cadeiras de Ministro.

Hoje tudo mudou.

O jornal Diário de Lisboa fez acusações gravíssimas ao Sr. Lúcio de Azevedo. Foi nomeado sindicante o juiz de uma comarca próxima de Lisboa, que proce-4 -deu a várias diligências, mas encontrou tal resistência que oficiou ao Sr. Ministro das Finanças dizendo que, por questões de altos melindres se julgava dispensado de continuar nos seus trabalhos. :

Pediu a exoneração que lhe foi concedida. Foi uomeado outro 'que. ainda não iniciou os seus trabalhos. Sem embargo,-aquele Sr. Deputado continua a sentar-se na respectiva cadeira e a ser legislador deste País.

' Há dias também um jornal,' órgão- dó segundo Partido da República,- dirigiu acusações da mais alta gravida.de ao 'Sr. Presidente do - Ministério em corís<_3 quando-='quando-' que='que' de='de' estavam='estavam' toneladas='toneladas' uma='uma' ex.a='ex.a' instituições='instituições' devia-ser='devia-ser' do='do' armazenadas='armazenadas' fosse='fosse' porto='porto' lei='lei' porção='porção' das='das' s.='s.' ter='ter' a='a' alfândegas='alfândegas' nas='nas' apreendido-='apreendido-' e='e' termos='termos' levantada='levantada' beneficência.='beneficência.' reverter='reverter' grande='grande' esse='esse' p='p' açúcar='açúcar' _-nos='_-nos' favor='favor' da='da' autorizadoque='autorizadoque' qúência='qúência'>

S. Ex.a podia ter vindo aqui dizer da sua justiça; mas não o fez. E todavia, Sr. Presidente, quando se fazem acusações de, tal natureza, os homens não podem fingir que não ouvem, nem dizer que não .têm jornais, como dizia o Sr. Afonso Costa, porque o nosso povo tem . uma natural tendência para acreditar è reproduzir tudo quanto ouve e lhe consta em desabono de qualquer cidadão/ principalmente quando se trata de algum homem público.

Para terminar quero salientar o facto de se dizer que o processo das' libras sé encontra fechado na gaveta de Sr. Ministro da Justiça. S. Ex.a diz que não, na Procuradoria da República também não' está.

Onde está então?

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O orador não reviu.

O Sr. Ministro do Interior (Sá Cardoso^1:— Sr. Presidente, Srs. Senadores: quando entrei no Parlamento, tinha tenção de me dirigir ao Senado, por.isso que tinha sido nesta Câmara, que, em primeira mão, se tinha levantado esta questão. u .

Soube depois que o Senado estava em sessão prorrogada, e soube, mais tarde, também que se tinha encerrado a sessão pára começar em seguida outra.

Imediatamente me apresentei aqui, esperando que se levantasse novamente a questão, e se nenhum Senador a levantasse levantar-me-ia eu.

Agradeço portanto aos Srs. Senadores, que versaram este assunto, o terem-me facilitado tratar, dele.