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Í8 de Julho fo $24

que não significam acusações para quem, como os actuais Ministros, nenhuma responsabilidade tem, mas. apenas um apelo para que não descurem tais assuntos que tanto interessam a opinião pública.

O Sr. Ribeiro de Melo (aparte)-.—É •uma tareia no Governo.

O Orador:—Não é tareia nenhuma.

V. Ex.a não queira tirar às 'minhas palavras um significado diferente do que elas têm.

O Sr. Ribeiro de Melo (aparte): — V. Ex.a está a desempenhar o papel das opo-sições.

O Orador:—Ê uma cousa curiosa!

Eu tenho tratado disto aqui inúmeras vezes.

. Há nas cadeiras do. Poder alguns Srs. Ministros que são Senadores e,que me têm ouvido fazer referências aos diferentes casos versados,

Mas/cousa curiosa!

Naquele .momento não mereceram maior atenção aos Srs. Senadores que agora se manifestam tam enervados; mas agora, porque se trata de receber o Governo, vá de levar estas minhas palavras para o mal.

Se não tivesse a certeza de que posso, contar com todos os membros do Governo, com iodos os seus bons desejos, com a sua honorabilidade, era incapaz de fazer as referências.que fiz.

Faço-as muito satisfeito e convencido de quo S. Ex.as estão também satisfeitos por lhes lembrar e pedir os seus bons ofícios na solução de tam importantes assuntos. .

Rematando: para V. Ex.a, Sr. Presidente do Ministério, e para todos os Srs. Ministros, eu apelo no sentido de que, por mais insignificante que seja aquilo que qualquer, dos Sfs. Ministros pretenda fazer, não deixe de ouvir todos os seus colegas, porque a prática tem-me demonstrado — e eu já não sou novo— que muitas vezes o facto de um Ministro praticar actos, na essência insignificantes, sem conhecimento dos seus colegas, cria aos Governos situações difíceis, por vezes insu^ peráveis.

Termino dirigindo ao Governo as minhas saudações, e fazendo votos porque a vida lhe seja fácil e de resultados fecundos para a Pátria e para a República.

O Sr. Augusto de Vasconcelos:—Sr. Presidente: depois do discurso agridoce, mas muito mais agri do que doce, da lea-der da maioria, discurso que antes deveria ser proferido por Este lado.da Câmara, cumpre-me- apresentar ao Sr. Presidente do Ministério e ao Ministério da sua Presidência os cumprimentos do meu partido e og me,us cumprimentos pessoais. \

O Sr. Ribeiro de Melo: — Traz moção?

O Orador: — í^ão, senhor. Não trago moção.

Faço-o com muito prazer, porque, dirigindo-me ao Sr. Presidente do Ministério, tenho segura convicção de que me dirijo a um parlamentar dos que mais honram esta instituição, a um homem de uma clara inteligência, quer como professor, quer como estadista, e que me dirijo a um verdadeiro homem de bem quo lealmente procura servir a Pátria.

. Especializarei nos meus cumprimentos os meus colegas desta casa do Parlamento: o'Sr. Ministro da Justiça^ jurisconsulto notável e orador brilhante; q Sr. Ministro das Colónias que, com tanto aprumo e elegância, sabe honrar as tradições de um nome glorioso, e o Sr. Ministro do Trabalho que eu conheço desde alguns . anos, que foi meu colaborador como interno e externo dos hospitais e ao qual eu tenho apenas de lembrar com desgosto, vendo-o naquela cadeira, que os anos desfilam ainda mais depressa do que os Ministérios/

Cumprimento também em especial o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros, que tive ocasião de encontrar às primeiras horas da implantação da República- i á ao seu serviço, e que depois tenho visto saber honrar as suas tradições de republicano.

<_:Era p='p' que='que' este='este' país='país' ministério='ministério' porém='porém' esperava='esperava' o='o'>

Julgo que não.

Apoiados.