O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

Sessão de 18 de Julho de

É uma injusta acusação esta.

Essas~ -pretendidas sumidades são chamadas várias vezes a partilhar das res-ponsabilidades da governação e a dizerem o que valem como administradores, é os fracassos têm sido sucessivos e os políti-' cos têm sido realmente reconhecidos como os que com mais competência e coragem sabem enfrentar os problemas do Estado.

Folgarei que o Sr. Presidente do Mi-• nistério e o seu Governo, colaborando com os políticos e com o Parlamento, consigam restabelecer a confiança, profundamente abalada pelo Governo anterior.,

O orador não reviu.-

O Sr. Procópio de Freitas: — Sr. Presidente: até que ernfíni chegou a esta Câmara o Governo, tí

Por vezes cheguei a julgar que ficasse encalhado definitivamente na Câmara dos Deputados; mas assim não sucedeu, devido por certo à perícia do seu hábil comandante, o Sr. capitão de mar e guerra Rodrigues Gaspar, que conseguiu passar por cima de todos os escolhos e demandar este porto, onde acaba de fundear.

É presidente deste Ministério, como acabo de dizor, o Sr. Rodrigues Gaspar, meu ilustre camarada e patrício, que muito honra a corporação da armada e a terra onde nasceu.

. Fazem parte deste Governo outras pessoas, com as quais mantenho as melhores relações, tendo até por algumas a maior simpatia, e uma destas pessoas é o meu ilustre colega desta Câmara o Sr. Cata-nho de Meneses, meu patrício, que também honra a sua terra natal.

Ao Sr. Presidente do Ministério, em nome do Partido Republicano Radical, apresento os meus cumprimentos, assim como a todos os seus ilustres colegas.

Permitam-me S. Ex.as que, sem desprimor para ninguém, saliente o facto de fazer parte do Governo, como Ministro da Guerra, o general Vieira da Rocha, oficial muito distinto e que foi escolhido pelos honrados oficiais que dirigiram o movimento de 19 de Outubro para assumir o comando da guarda nacional republicana, comando que assumiu na noite'de 19 de Outubro.

Portanto, Si\ Presidente, é uma prova perante a nação dos intuitos desses oficiciis,

que, se mais não fizeram, foi porque mais não puderam.

E haja em vista, Sr. Presidente, o que ainda se deu na noite passada, na Rotunda, e numa ocasião que não era revolucionária, sendo oficiais desrespeitados,- inclusivamente o governador civil de Lisboa.

Cumprindo a praxe, leu à Câmara o Sr. Presidente do Ministério a declaração ministerial, que, devo dizer, não é nada.

Eu entendo que um Governo, quando se apresenta, deve ter um programa, para dentro do qual orientar a sua acção.

Têm sido tantas as crises ministeriais, sucedera com tanta rapidez os governos, que o povo, na sua generalidade, desinteressa-se completamente dessas crises ministeriais. A não ser aqueles que perdem situações de destaque pelas quedas dos governos, ou aqueles que esperam obtê-las com a subida doutro, todo ò resto da Nação se desinteressa das crises governamentais e diz «são todos os mesmos».

i Esta ó que é a verdade, isto é que se observa por todo o País!

Nos países governados por uma forma normal, em que a acção governamental é orientada por um programa, a queda do Ministério é um facto de sensação, porque se espera que o novo Governo entre num caminho diverso. Mas entre nós não sucede assim, e agora aí temos uma prova de que o novo Governo é continuação do anterior, porque foi o próprio Sr. Presidente do Ministério quem veio declarar que vai seguir a política do Governo do seu antecessor.

<_ castro='castro' que='que' de='de' derrubou='derrubou' governo='governo' álvaro='álvaro' é='é' do='do' sr.='sr.' o='o' p='p' se='se' para='para' portanto='portanto'>

^ Seria para satisfazer ambições ouvai-dades de alguém ou seria para passarmos pela vergonha de novamente mendigarem ao Sr. Afonso Costa que viesse assumir a presidência diim Ministério, para novamente recusar? ^

Eu ainda estou para ver, quando o actual Governo se for embora, se andamos-mais uma vez a implorar ao Sr. Afonso Costa que venha governar este país.

O Sr. Querubim Guimarães: — Não tenha \ . Ex.a dúvidas.