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Diário âas Sessões do Senaào

para liquidar definitivamente as sindicâncias respeitantes à exposição do Eio de Janeiro e aos Transportes Marítimos do Estado.

A demora impressionou imenso a opinião pública, que está sempre a clanar:

Espero que S. Ex. o Sr. Ministro do Comércio e Comunicações virá logo que possa dar à Câmara os escurecimentos precisos para satisfação de todos nós e para que esta questão tíe ordem moral não fique permanentemente a fazer mal à República.

Apoiados.

Sobre os Transportes Marítimos devo dizer a. V. Ex.a que li hoje aos jornais uma notícia que me impressionou grandemente porque me tirou toda a esperança de ver alguém responder pelos verdadeiros latrocínios que lá se praticaram.

Não conheço o contra-ai mirante. Sr. Macedo e Couto. Sei apenas que S. Ex.a era o presidente da Administração cos Transportes Marítimos do Estado e como tal era também a cúpula sob que assentava todo aquele edifício, portanto com a máxima responsabilidade moral, mas Vejo com surpresa que, tendo ido para o tribunal militar a parte do processo que lhe respeitava, o tribunal mandou arquivar, não porque não conste que realmente houve uns dinheiros mal entregues a uma firma muito conhecida — Ruger-oni & Eu-geroni — mas porque essa falta foi devida à deficiência da escrita, visto que do processes não constava que tivesse havido -intuitos criminosos.

Ora eu acredito, até prova em contrário, que o contra-almirante Sr. Macedo ç Couto é um homem de bem, tanto que ocupa um dos mais altos postos na nossa honrada e briosa marinha de guerra., mas

este meu juízo não impede que reconheça a grande responsabilidade morai que assumiu, permitindo que um organismo tarn complicado e extenso funcionasse com ima escrituração deficiente!

Por isso peço a atenção do Sr. Ministro do Comércio para que os processos tenham um andamento regular e, se S. Ex.a reconhecer que há propósitos de embaraçar a acção ala justiça, que há obstáculos inexplicáveis, venha dizer tudo ao Parlamento para que o País saiba toda a verdade..

Confio que S. Ex.a o fará.

Segue-se o Sr. Ministro do Trabalho, a quem peço para não largar mão do caso do Lazareto, acerca do qual já aqui disse que o considerava como sintoma mais dissolvente do que o da exposição do Rio de Janeiro e dos Transportes Marítimos, porque estes eram organismos complicados e extensos que se desdobravam principalmente no estrangeiro e, portantof de mais difícil administração e fiscalização.

l Mas. aqui ao. pé da porta, ser possível deixar um edifício daquela ordem, qu-e para ser posto no pé em que estava são precisos pelo menos 16:000 contos, é estupendo, é inacreditável!

Eu sei quo isso está entregue à polícia e "que já foram descobertos objectos no valor aproximado de 1:000 contos, e que esses oojectos foram encontrados em várias casas, de que a seu tempo se saberá a quem pertencem, mas por isso mesmo apelo para o Sr. Ministro a fim de que empregue todos os meios para que a investigação vá até o fim e se castiguem os responsáveis.

is ao veja S. Ex.a nestas minhas palavras senão o desejo de lhe fornecer as indicações que conheço a fim de facilitar a acção que S. Ex.a vai ter no caso, pedindo que, de quando em vez, e à medida que for conhecendo detalhes, os venha transmitir a esta Câmara, que muito apreciará esse gesto.

Um outro ponto .é a liquidação dos Bairros Sociais.

JSlós já aqui votámos propostas de lei referen:es ao caso e com elas julguei que dentro de po'uco tempo ficaria tudo liquidado, mas infelizmente sei que assim não acontece e que cada dia que passa é um prejuízo enorme para o Estado.