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Sessão de 18 de Julho de 1924

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dade de os deixar permanecer indefinidamente nas prisões.

Confio em S. Ex.a porque o conheço bem, e sei que além de ser culto e inteligente é, homem de coração; não esqueceu este assunto, desde o primeiro momento em que tomou conta da pasta da Justiça.

Ministério das Finanças. — Sinto que não esteja presente o Sr. Ministro das Finanças.

O Sr. Ribeiro de Melo: —<_ p='p' então='então' falta='falta' já='já'>

O Orador: — O meu reparo não pode ser tomado à conta de censura.

Quem conhece o Sr. Daniel Rodrigues, o actual Ministro das Finanças, que nunca falta ao cumprimento do seu dever, sabe perfeitamente que se S. Ex.a não está presente ó porque motivos imperiosos o não deixam vir ao Senado neste momento.

Apoiados.

O Sr. Presidente do Ministério (Rodrigues Gasparj: — Devo dizer a V. Ex.a que um motivo muito urgente retém, por alguns minutos, o Sr. Ministro das Finanças.

O Orador:—E preciso que S. Ex.a faça entrar quanto antes nos cofres públicos os 7:200.000$ que a moagem está a dever ao Estado, e a liquidação imediata das 400:000 libras confiadas há anos a alguns estabelecimentos bancários.

Se não se fizer a liquidação imediata destas libras o prejuízo será cada vez maior.

Se não puder obter-se melhor, é preferível liquidar as libras sobre a mesma base adoptada para a liquidação com o Banco Colonial do que ficar indefinidamente em aberto este assunto e , dependente dos tribunais, cujos julgamentos são sempre incertos e falíveis, sobretudo tratando-se do Estado.

Vários não apoiados.

Isto é um critério pessoaL

O Sr. Ribeiro de Melo: — De que resultariam graves prejuízos para o Estado.

O Orador: diariamente.

Prejuízos está-os sofrendo

O Sr. Ribeiro de Melo: — Porque não há coragem de os meter na cadeia.

O Orador:—Ministério das Colónias.—O Sr. Miuistro das Colónias é uma pessoa que nesta Câmara tem sabido conquistar a consideração de todos, sendo um dos seus mais ilustres membros.

S. Ex.a tem-se aqui revelado uma individualidade cheia de conhecimentos práticos de assuntos coloniais e de grandes qualidades de trabalho.

Portanto peço a S. Ex.a que faça imediatamente regressaria metrópole os indivíduos, um dos quais é funcionário do Ministério^as Finanças, que estão há três anos na índia vencendo 7 libras ouro, diárias, além dos seus vencimentos, a título de liquidarem as mercadorias dos navios ex-alemães aprisionados naquela colónia.

O Sr- Joaquim Crisóstomo (interrompendo}:—Já vêm em viagem.

O Orador: — Folgo que isso assim suceda, porque há mais de quatro meses que eu tratei aqui deste assunto e com mágoa vi que o anterior Ministro dessa pasta não mandou regressar imediatamente à metrópole os referidos funcionários, porque o que eles têm estado a fazer -era serviço ;que qualquer funcionário do governo da índia podia fazer.

Peço mais a S. Ex.a o seguinte: isto é que é um caso novo em que nunca falei, mas, pelas impressões que tenho colhido em conversas, entendo que S. Ex.a daria uma satisfação grande à opinião pública se acabar com as agências de Angola em Lisboa e Londres.

Segundo sou informado essas agências custam rios de dinheiro e além disso hoje parece que, desde que o Sr. Norton de Matos abandonou o Alto Comissariado daquela província e que deixa de ter execução o seu plano só de S.