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Diário da* Sestõet do Senado

O Sr. Pereira Osório : — Sr. Presidente: cabe-me a mim, de certo por ser o único vogal da junta parlamentar do meu Partido, que está presente nesta Câmara, a honra de receber é" apresentar os cumprimentos ao novo Governo.

Faço-o tanto mais gostosamente, quanto é certo que eu vejo sentados naquelas cadeiras muitos amigos, bons republicanos, homens inteligentes (Muitos apoiados das bancadas democráticas) e cheios dê virtudes, em quem domina a da probidade que jamais foi posta em dúvida.

Na outra Câmara eu acompanhei com certa atenção o debate político sobre a apresentação do Governo, e vi que a acusação principal foi a de não apresentar um programa diferente nas suas linhas gerais do do anterior, e daí a conclusão de que não valia a pena ter deitado abaixo o Governo do Sr. Dr. Álvaro de Castro, pretendendo atribuir-se ao Partido, que eu tenho a honra de representar, o ter deitado a terra esse Governo. Ora tal afirmação não é verdadeira.

Não foi por causa dos grandes problemas, económico e financeiro, que o anterior Governo abandonou as cadeiras do Poder. Esse Governo trabalhou, e trabalhou de maneira a satisfazer o maior número, com coragem, com decisão, com vontade de acertar. '

Nunca o bloco negou o sen apoio aos actos do anterior Governo e, se alguma discrepância houve, foi apenas na forma, no modus faciendi.

Ora porque este Governo parece ter a continuidade do outro, por isso mesmo, merece ser recebido com toda a benevolência, visto que uma das cousas de que toda a gente se queixa é precisamente da falta de continuidade de governação, por ficar suspensa a solução de todos oa problemas que interessam à administração pública.

Por isso que deseja segair, de um modo geral, a orientação do anterior Governo, salva a forma de agir, é isso uma razão a mais para não ser hostilizado e antes recebido e tratado com carinho.

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^Que idea fazem as oposições do Partido Republicano Português ?

A constituição deste Governo, nas condições em que o foi, denota muito patriotismo da parte de todos os seus membros em quererem sacrificar-se pela Pátria.

Pela alta consideração que nos merecem o Sr. Presidente do Ministério e os colaboradores de que «e rodeou, pode o País esperar dele uma obra útil e patriótica.

Pode S. Ex.a contar, para a sua realização, com o apoio decisivo e colaboração efectiva deste lado da Câmara.

Isto posto, permita-se-me que faça referência a alguns casos pendentes de diversos pactos, que convém resolver de pronto, para prestígio da República, porque na sua solução reside a boa moral de que este Governo e os que se seguirem precisam para restabelecer a confiança pública na administração do Estado.

E o Governo conquistá-la há se resolver no todo ou em grande parte esses assuntos.

Os assuntos a que quero referir-me, cuja solução se impõe para formar essa base moral e mesmo para evitar que eu e outros meus colegas desta Câmara cons-tantemente peçam a comparência de Ministros para lhos lembrar, são os seguintes :

O Sr. Ribeiro de Melo: — Olhe o homem da índia, que está a receber as libras.

O Orador: — É por isso mesmo que eu aproveito este momento para lembrar ao Governo o que lhe convém fazer para tranquilizar a consciência nacional, certo de quo traduzo o sentir e pensar de todo o Senado, sem distinção de partidos, e do próprio Ministério a que me estou dirigindo.