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í)iário daí Sessões ao Senado

rector geral da Contabilidade Pública e não os deu aos protestos que aqui se fizeram contra esta comissão, que dá ao Sr. Oliveira e Silva 360$ mensais e a quem. ainda por prémio, o Sr. Ministro das finanças transacto nomeou, em comissão, para director 'da Casa da Moeda.

Sr. Presidente: este funcionário é um dos neo-republicanos, um dos tais usufrutuários disto.

Imaginem V. Ex.as que um coatínuo que era revolucionário civil, mas dos autênticos, quacdo um cobrador de um centro político foi bater à porta dessa repartição, levando o recibo para cobrar a cota do Sr. Oliveira e Silva, esse revolucionário disse c

«—Pela numeração do talão êsle senhor é republicano de fresca data».

É-«o Sr. Oliveira e "Silva, o chefe da Kepartiçâo de Contabilidade, o alter ego do Sr, Malheiro, o homem por cujas mãos es-t§,o passando as novas moedas, que em breve vão ser postas em circulação. „ O atestada de republicanismo que ele tem foi passado talvez pelo malogrado Machado Santos, mas o que não resta dúvida é qae as suas convicções políticas não silo republicanas; éum pequeno déspota com espírito de mercieiro, porque até no corredor da repartição que chefia tem um balcão a reparar os funcionários da porta de entrada para a repartição.

Agora é tudo ali > endido a balcão e foi talvez ali mesmo negociada a sua nomeação para a Casa da Moeda.

Desta comissão fazem parte mais oitros funcionários e fazem parte até alguns políticos.

E eu só quero preguntar ao Sr. Presidente do Ministério se S. Ex.a está, disposto a que esta comissão liquidatária das indemnizaçõe;? que os inimigos do regime haviam, de pagar, se S. Ex.a está disposto a "consentir que o Sr. general Abel tlipó-lito continue a receber os tais 540?$ mensais, e que continue a comer o Sr. Oliveira e Silva 360$ para não fazerem cousa algema de geito e de valia.

>s Fósforos, do Banco de Portugal, da questão famosíssima dos tabacos"?

; Poderá o Sr. Eodrigues Gasp'ar dizer, não a mim, porquó sou lácii de contentar, con'"ento-me mesmo com o silêncio de S. Ex.a, mas ao país, cujo ponsamento eu. julgo interpretar, só S. Ex.a está disposto a receber dos Bancos aquelas 400:000 loiras, que homens que se dizem.republicanos; quando Ministros das Finanças, emprestaram à Casa Espírito Santo e a outras firmas bancárias?

Ora aqui estão as preguntas quo a opinião pública desejaria vpr respondidas.

£ Porque é que os Governos têm estado divorciados da opinião republicana?

Justamente por isto: pela escandalosa protecção'à alta finança, a esta bancocra-cia que tomou conta do país.

Há meses ando eu a solicitar dos Srs. Ministros das Finanças e do Comércio que se dêem por habilitados à interpelação que .-lhes ananciei, a fim de se chegar a uma solução de respeito às leis vigentes, cuja inaplicaeão nos conduziu a este estado de cousas.

A alta finança brinca com a República, e no vasto campo de exploração comercial e especulação cambial conseguiu tornar-se cnipoíente.

Goza da protecção inconcebível de muitos Ministros das Finanças e do comércio, bem como disfruta descaradamente das vantajosas relações com aqueles altos funcionários encarregados da aplicação das leis fiscdizadoras do abuso do Poder.

As leis da responsabilidade ministerial e presidencial, da fiscalização das sociedades anónimas não se cumprem.

No caso das libras, que já adquiriu foros de maior escândalo por o Estado Português, pelo seu Ministro das Finanças, não p.oder fazer empréstimos sem a necessária autorização parlamentar, ia-fringirarn-se as disposiçõos do artigo 27.° da lei de 9 de Setembro de 1908 e os n.os 5.° e 8.° do artigo 12.° da lei de responsabilidade presidencial e ministerial.