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Diário das Sessões do Senado

Não podia unia parte da Câmara ÍLE.ZCT com qua se dzesse aquilo que estava dependente ííe todos os outros, mas continuava a aplaudir os intuitos de Sr, A.vu-ro de Castro, de fazer reduzir as despesas e aumentar as receitas por forma a conseguir o equilíbrio orçamental, porque era essa a base em que se- tinha formado determinado bloco. Não tendo sido iiaei-to, porque o ,não podia ser, o ponto de vista do Sr. Álvaro de Castro para formai' Govtrno, fui eu indicado polo Pr.rti-do Republicano Português para foruar Governo.

Devo dizer a V- Ex.a que nunca pretendi, nem aunca houve sequer juia conversa peia qual se deduzisse qae eu era pretendente a Oste °cargo. Fi-ij no cumprimento dum dever, o hei-de campii-lo até onde permitirem as minhas íõi\'a:;,

A primtirL, cousa que eu quis íaztjc foi reconhecer sã realmente, poderh coutar com maioria parlamentar que LOS. garantisse deíe^mi-iadas medidas considera Ias indispensúvais para a boa marcíii: grver-nativa, e devo declarar aqui q^e, procedendo às di't::arches necessárias, da parto de ninguém encontrei dificuldades, nenhuma izrpotiçâo me íoí feita.

Foi ne^ia^, condições de liberdade absoluta que pude então constií-iir Ministério.

Eu frito ãste ponto porque aqai c-uvi dizer que G- tinha Ministros qns me haviam sido impostos. Nem Minit-tros, rieo gastas, nada, absolutíimente naia.

Os homens que aqui estão eóíão pela sua devoção republicana e pelas instâncias que fiz.

Não houve, nem podia haver imposição de ninguém.

Sr. Prssicente: eu disse nem pedia haver imposição de ninguém, e eu explicarei a ir j se: é que o Partido 3epubl.cano Portug^ôs, ao dar o seu apoio ao ijlo» co, nenhuma imposição tinha feito o até em ocasiS?3 oem críticas da -viôi ministerial do meu antecessor o meu Partido continuei; a dar o seu apoio ao GOVÍTCO do Sr. Álvaro de Castro e, sendo as^m, justo seria que tivesse agora igualdade de tratamento.

Creio cue este ponto fica bem clarc.

Sr. Presidente: acusa-se a ininha declaração ministerial de ser extraordinariamente 'jnrta, que nada diz.

Sr^Prosidente: eu já tenho concorrido ein diversas situações ministeriais também para dar elementos pura a confecção da declaração ministerial e tenho reconhecido que, por muito que tenha escrito, pouco ou iitida tenho podido fazer, porque faliam outros elementos indispensáveis para pôr em prática tudo quanto se imagina.

Não tem por consequência grande importância.

Nós temos sempre que considerar uma diversidade de problemas, entre os quais há o& primordiais ou fundamentais e problemas secundários.

Resolvidos os primários, passam a ser primários,, então, os secundários.

Tendo apenas sessão até 15 de Agosto, o estando prudentes de discussões vá-riíi-3 iiiodidas indispensáveis à marcha go-vernativ^, com os orçamentos ainda por discutir, £ seria lógico que um Governo quo se formava nestas condições viesse apresentar ao Parlamento uni programa de mcdi( as quo necessariamente exigiria a coucoivência do Parlamento?

Certamente que se diria logo: este homem anda na lua.

Eu não vim aqui para enganar ninguém e por isso reduzi-o ao indispensável neste momento.

Sr.. Presidente: diz-se que este Governo "não pode merecer o apoio da Câmara porque declarou - que vinha continuar a obra do seu antecessor e que a obra de S. Ex.a estava condenada.

Na declaração ministerial, eu não digo quo seguirei pari paxsu a obra de ninguém. Penso que a obra a realizar é do Puís.

Prosseguiremos no caminho do equilíbrio orçamental, comprimindo as despesas e cobrando zelosamente as receitas, pura só poderem verificar as contas do Estado.

Pedir aquelas autorizações que são indispensáveis sob o ponto de vista financeiro.