O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

10

Diário das Sessões do Senado

com as quais estou absolutamente de acordo.

Noutros, pelo contrário, direi que rne causa uma certa preocupação. Quere tudo isto dizer que o relatório da comissão de agricultura da Câmara dos Deputados vai ser por assim dizer o tema, a tese, a base, da minha exposição. Está3 por consequência, o Sr. Ministro da Agricultura, em excelentes condições para poder defender os seus pontos de vista, aqueles que me causam uma certa preocupação, e está S. Bx.a também nas melhores condições para poder seguir o meu raciocínio, o meu modo de ver a respeito dos outros assuntos. Assim, Sr. Presidente, V. Ex,.a, a Câmara e o Sr. Ministro da Agricultura, hão-de permitir-me "que eu vá seguindo a passo e passo o relatório da comissão a que me estou referindo, da Câmara dos Deputados, e que vá aplicando o meu. modo de ver sobre diversas das suas passagens.

Assim, Sr. Presidente, encontro esta afirmação:

Leu.

É este o primeiro ponto a que tenho de fazer referência.

Certamente não espera a Câmara que eu vá opor o meu modo de ver ao do Sr. Ministro da Agricultura relativamente à manutenção do Ministério da Agricultura.

Sr. Presidente: -o país é essencialmente agrícola. É uma frase comum a que se referiu o Sr. Ministro da Agricultura mas a que S. Ex.a parece não dar aquele significado que justamente tem.

O país é efectivamente essencialmente agrícola. S. Ex.a parece querer afirmar, ainda que o não faça claramente, qae tal não sucede, que esta frase é porventura excessiva, que é uma frase a que não corresponde a verdade, pêlo menos actualmente, visto, o país não se bastar a si. próprio principalmente no que respeita a alimentação; e S. Ex.a confia em que uma útil reorganização do Ministério da Agricultura poderia fazer com que cumprisse com a missão a que todos temos o direito de exigir dele.

Não me comove muito, Sr. Presidente, uma preocupação do Sr. Ministro da Agricultura que parece ser esta: que o país deve bastar-se, que um país que se nlio baste a si próprio há-de viver sempre em dificuldade.

Eu conheço países que se não bastam e estão até muito longe disso e que são dos mais ricos e prósperos da humanidade. Assim, Sr. Presidente, suponho que ninguém poderá afirmar que a Inglaterra se baste. A Inglaterra importa mais artigos de alimentação do que Portugal e no emtanto é um país bem mais rico do que o nosso.

O nosso país poderia bastar-se em produtos cerealíferos como sejam o trigo, o milho e outros cereais e legumes. Eu tenho simplesmente a preocupação sobre se a sua produção seria feita em condições económicas que é como na Inglaterra se encara o problema.

O nosso país poderia por um grande esforço vir a bastar-se. <_ que='que' se='se' por='por' intensificação='intensificação' extensificação.='extensificação.' também='também' dois='dois' relatório='relatório' pela='pela' mas='mas' _='_' tag0:_='_:_' a='a' refere='refere' e='e' cerealífera='cerealífera' analisando='analisando' em='em' estou='estou' processos='processos' o='o' p='p' cultura='cultura' condições='condições' da='da' xmlns:tag0='urn:x-prefix:_'>

Sr. Presidente: nos últimos tempos nós temos assistido a este fenómeno: é que quási todos os Ministros da Agricultura olham para a extensificação e não para a intensificação da produção agrícola.

Ora, Sr. Presidente, é meu modo de ver que devemos de preferência cuidar da intensificação da produção agrícola do que da ôxtensificação.

A nossa área cultivada não quero afirmar qu3 seja já a suficiente para os produtos cerealíferos. Mas estou convencido que é já suficientemente extensa, para por virtude da nossa agricultura nacional poder aproximar a sua produção daquilo que é necessário ao país.

Bastará dizer que a média da produção cerealífera apontada para o nosso país é como dizem os lavradores cousa de sete sementes.

- Ora, essa média, olhando à qualidade dos terrenos, pode a meu ver elevar-se sensivelmente ao dobro, mas desde que os métodos de cultura sejam melhorados como é mester.

Outro cereal há no nosso país, e de consumo a seguir ao trigo: é o milho, e que as estatísticas indicam que a sua produção é ainda mais importante que a do trigo.

A outra orientação é a extensificação.