O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

Sessão de ô de Agosto de 1924

11

porque se o estão ó porque eles se encontram em condições agrícolas, agroló-gicas e nosológicas de n ao poderem ser explorados economicamente.

Os terrenos em melhores condições são os do sul do Tejo, esses grandes latifúndios. Mesmo esses, eu entendo que não haverá grande.vantagem em persistir na sua conquista para a produção agrícola, pela razão simples de que, por virtude de trabalhos bastante dispendiosos e de adu-bação bastante intensiva, a sua cultura só poderia dar qualquer resultado com uma grande desposa.

A orientação de quási todos os Ministros é para a extensificação,, para a conquista desses baldios que se chamam incultos.

Não quero negar por forma alguma que dessa conquista não se possa pelo menos momentaneamente tirar qualquer vantagem para a produção frumentâria, mas essas vantagens hão-de-ser fugazes, pela razão simples de que esses terrenos arroteados poderão dar bons resultados no primeiro ano, mas já no segundo ano deve baixar a sua produção, e no terceiro ano mal daria para os trabalhos de cultivação.

Daí por diante o mesmo terreno tinha de folgar durante um período mais ou menos extenso para poder livremente dar uma outra cultura.

O Sr. Ministro da Agricultura poderá dizer que estas minhas considerações teriam um certo valor em tempos que já lá vão, e que hoje, pelas conquistas da sciên-cia agronómica, tudo se modificou.

Seria um argumento de peso se porventura nós estivéssemos em condições económicas de aplicar os adubos naquela quantidade e por aquela forma necessária para transformar esses terrenos ingratos em produtivos.

Prefiro eu a intensificação da produção agrícola, e achando muito perigoso e sendo de opinião que só muito prudentemente nos deveríamos lançar no caminho da extensificação.

Eu não sei se S. Ex.* se considera com as autorizações suficientes para reorganizar -o seu Ministério, ou se tenciona pedir mais algumas para usar delas emquanto o Parlamento estiver fechado.

O Sr. Ministro da Agricultura, apreciando a última reorganização do seu Ministério, aquela que mereceu da minha

parto uma interpelação a um seu anteces sor, um dos tais que caíram quando eu anunciei essa interpelação, diz o seguinte:

Leu.

Kefere-sé S. Ex.a ao grande número de direcções gerais que existem no Ministério da Agricultura, justamente aquilo que foi causa do descrédito desse Ministério.

Quando da organização do Ministério da Agricultura havia duas direcções gerais; actualmente existem as seguintes direcções gerais: Direcção Geral do Fomento e Instrução Agrícola, Direcção Geral dos Serviços Pecuários, Direcção Geral dos Serviços Florestais e a Direcção Geral dos Serviços Económicos, isto é, quatro Direcções Gerais.

Mas diz S. Ex.a o Sr. Ministro da Agricultura que julga elevada ao máximo a concentração do número destas Direcções Gerais.

E possível que S. Ex.a tenha "razão.

No emtanto, se eu tivesse que reorganizar o Ministério da Agricultura, nesta altura, talvez não deixasse ficar essas quatro Direcções Gerais, mas reduzi-las-ia a duas: a Direcção Geral do Fomento e Ensino Agrícola e a Direcção Geral dos Serviços Médico-Veterinários.

Uma das Direcções Gerais que eu suprimia era a dos Serviços Silvícolas.

Talvez que isto pareça um contrasenso, porque esses serviços têm merecido a maior atenção do Parlamento.

No emtanto, eu não tinha dúvida em suprimir essa Direcção Geral, mas transformava-a num outro organismo.

Poderão dizer que é uma questão de nome.

E possível, mas em todo o caso esse nome já poderia ter orientação diversa daquela que hoje tem e serviria para melhorar os serviços silvícolas.