O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

Sessão de 1B de Agosto de 1924

geral, porque em todos os países lavra um grande desnorteamento; é lamentável, digo, que estejamos vendo funcionários do

Estado em greve.

a quem é que devemos atribuir a responsabilidade deste estado de cousas? Sem dúvida nenhuma à permissão de leis que legalizaram estas greves. £ Pois não assistimos nós, ainda não-há muito tempo, a uma greve de todo o funcionalismo?

Não é portanto de admirar que uma secção desse funcionalismo, de mais a mais tratando-se duma secçáo que se encontra em condições difíceis, como de um modo geral se encontra todo o funcionalismo, quanto aos meios para fazer face à carestia da vida, não é de admirar, digo, que uma secção desse funcionalismo se tivesse declarado também em greve.

A extensificação, permita-se-me o termo, dos serviços públicos, o desbaratamento de muitos milhares de contos com um funcionalismo excessivo, que bem podia ser reduzido, é que faz com que a sua situação seja realmente precária.

éiNão temos vindo assistindo, n os finais das sessões, a esse espectáculo lamentável e doloroso de o funcionalismo civil e militar reclamar, de mãos postas, dos poderes públicos, que lhe seja melhorada a sua situação?!

Não extensifiquemos os serviços públicos e consequentemente os funcionários públicos, antes devemos circunscrevê-los, dentro de uma boa administração, a um número mais limitado, e então veremos como o problema se resolve duma forma mais fácil.

Mas o que aconteceu com os funcionários tel£grafo-postais aconteceu já com todos os demais funcionários públicos. ^ E o que deu lugar à greve? Foi a péssima administração dos poderes do Estado.

Estar em greve é mau, mas aquele sentimento de solidariedade a que, há pouco, se referiu o Sr. Machado de Serpa é muito paVa atender.

^Porventura não haveria muitos funcionários que desejariam voltar ao serviço?

Havia, tal vez; <_ de='de' apartes.='apartes.' solidariedade='solidariedade' sentimento='sentimento' entendido='entendido' _.='_.' o='o' p='p' por='por' um='um' mal='mal' não='não' mas='mas' fizeram='fizeram'>

O Orador: — Será um princípio interessante o da liberdade da greve, mas, se não condicionarmos os princípios dentro da prática das cousas, a um abuso desses corresponde outro abuso, que é o da ditadura.

Tem sido censurado o procedimento do pessoal maior por se manter tanto tempo em greve, perturbando os serviços públicos, mas não atribuamos toda a responsabilidade ao pessoal maior.

Apesar de não se ter verificado, como se disse aqui, qualquer falta do pessoal menor, é de olhar à circunstância de se ter posto ao lado da força armada, aparentemente dentro dá disciplina, é preciso que isso se não esqueça, e portanto contra os seus superiores, com quem depois ao regressarem ao serviço teriam de colaborar.

Veja-se este aspecto da questão.

Acho bem que se relevem de quaisquer faltas as entidades que directamente ou indirectamente se envolveram na questão.

Ponha-se fecho sobre o assunto, já que tantas vezes, noutros assuntos, o temos feito.

A respeito de amnistias, já não sabemos os que são bons e os que são maus, porque nada consta sobre notas de culpa, tantas aquelas têm sido»

Veja, V. Ex.% Sr. Presidente, a que nos leva este constante sistema de amnistias, a que nos temos entregado.

Unicamente por este facto, e sem querer de modo nenhum prejudicar a classe telégrafo-postal com as minhas palavras, mas • simplesmente dentro dos princípios e querendo que as minhas palavras fiquem registadas, é que eu pedi a palavra, e desejo e desejaria que todos os poderes do Estado, e sobre tudo o Poder Legislativo, bem compenetrados dos seus deveres e da situação em que se encontra a sociedade portuguesa, por tantas razões indisciplinável, pusessem cobro a tantas facilidades e a tantas generosidades.

O orador não reviu,