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Diário das Sessões do Senado

â.o Parlamento, uma espécie de despejo (perdõem-me V". Ex.as a frase qu0 é pouco parlamentar, mas é o termo), despejo de tudo o qce à última hora vem da Câmara dos Deputados.

Apoiados.

É uma série de jtrojectículos vários que não interessam à vida nacional, mas apenas a classes ou a pessoas, e que por muito respeitáveis que sejam esses interesses não podem no emtanto eles ser discutidos em condições anormais, como esta em que o Senado está funcionando, pois que isso bole com as nossas respon-sabilidades.

Continuar o Senado a funcionar numa indiferença de todos nós, sem protesto e sem o quorum respectivo, não pode ser, por muito qce se queira exigir da nossa boa vontade 8 da nossa generosidade. Era pelo menos não me conformo com isso.

Todos os demais projectos que venham a esta Câmara, não estando presente o número de Senadores precisos para se poder tomar qualquer deliberação, eu dsvo dizer com toda a lealdade que requererei a respectiva contagem.

O projecto das estradas compreende-se perfeitamente que era preciso votar sem demoras, assim como o projecto das misericórdias.

Devo no emtanto dizer que quando se discutiu este último projecto havia número suficiente.

Agora não. Eu não posso de maneira

nenhuma, por* mais que isso. me custe e me coníranja, em virtude das solicitações que me foram feitas-, não posso porém nem devo levar mais longe a minha condescendência.

Jtílu na minha situação de Senador da oposição tenho sido o mais possível condescendente.

Tudo tem porém um limite. E o limite que u minha responsabilidade me impõe.

Eu não sou Senador governamental, e não posso portanto trair a minha própria situação.

Em tudo o que seja colaborar em obras de verdadeiro interesse nacional condescendo, e não olho a número nem a prescrições regimentais.

Tudo o que seja porém tratar de assentos meramente particulares, não posso levar a elasticidade desta minha condescendência até ao ponto de não ficar bem colocado no meu lugar.

É com toda a lealdade que eu faço estas considerações, e parece-me que eram já horas de se acabar com os nossos trabalhos.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente : —Este projecto entrou ©m discussão porque o Senado assim o tinha resolvido. Mas não há número para se votar.

Está encerrada a sessão.

Eram 19 horas e 00 minutos.