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Diário das Sessões do Senado

E, quando ele se discutir, eu terei o cuidado de lhe introduzir- uma emenda quanto à ligação das duas margens.

Portanto,, anda bem o Senado não discutindo êst-3 projecto por emquanto.

Não concordo com a opinião do Sr. Her-•eulano Galhardo porque não me agrada •estar a trabalhar inutilmente.

O orador não reviu.

O Sr. Afonso de Lemos: — Sr. Presidente: eu sou dos que gostam de falar pouco.

Se o Sr. Ministro do'Comércio, quando .aqui foi posto em discussão o projecto n.° 533, dissesse: estou pronto a discutir já esse projecto, porque, entendendo que se deve aproveitar o porto de Mon-tijo, estou de posse de todos os elementos para fazer ama afirmação desta natureza, nós poderíamos ter discutido logo o projecto.

Mas desde que S. Ex.a concordou coni o artigo 2.c do projecto que indicava ao •Governo a conveniência de mandar proceder a estudos, é porque não estava na posse desses estudos. Ninguém impunha ,a S. Ex.a a nomeação duma comissão, nem mesmo no artigo 2.° isso se determinava : S. Ex.a é que reconheceu a conveniência de nomear uma comissão; logo. •é porque entendia que alguma coasa de útil podia encontrar nos trabalhos dessa •comissão.

Sendo assim, <_ que='que' como='como' de='de' antepor-se='antepor-se' resultado='resultado' e='e' antepor--se='antepor--se' dos='dos' ex.a='ex.a' é='é' opiniões='opiniões' trabalhos='trabalhos' ao='ao' o='o' p='p' senado='senado' dessa='dessa' comissão='comissão' às='às' comissão5='comissão5' v.='v.' da='da' vai='vai'>

E agora aproveito a ocasião para responder ao ilustre Senador Sr. Herculano Oalhardo, qoando S. Ex.a disse cpe os .assuntos de alta importância o que que-Tem é que iaja bom senso.

S. Ex.a não pode atirar com esse labéu .para este lado da Câmara.

O Senado votou há tempos que este projecto de Montijo fosse retirado da discussão por não se achar suficientemente elucidado. Agora verifica-se que o Governo ainda não tem na sua mão os elementos da comissão nomeada para fazer esses -estudos.

Ora, Sr. Presidente, desde que o Senado resolva q-jo o Montijo seja a testa •das linhas do Sul e Sueste, já não há ra-

zão para ter Cacilhas como testa dessas linhas.

Há mais ainda. Na outra Câmara existe um projecto de lei pendente mandando construir uma ponte entre Lisboa e Cacilhas.

Não quero saber se isso é bom, se é mau. Mas pregunto, como possibilidade,-se amanhã a Câmara dos Deputados aprovasse o projecto e nós aqui aprovássemos outro para, a construção da ponte entre Xabregas e o Montijo, £como se devia determinar o Senado?

O Senado não impôs a nomeação duma comissão técnica para estudar a questão de MpntijOj mas indicou ao Governo a conveniência de fazer esse estudo. O Sr. Ministro do Comércio é que entendeu nomear a comissão.

O que eu desejo saber é se o Sr..Ministro do «Comércio declara que está habilitado a discutir o projecto. Se está, vamos discuti-lo.

O Sr. Kercnlàno Galhardo (interrompendo)'.— O Sr. Ministro do Comércio diz que não acha inconveniente algum em que se faça a discussão.

O Orador: —O Sr. Ministro é que devp responder às minhas .preguntas.

Não quero com isto dizer que não gosto de ouvir V. Ex.a Tenho até muito prazer em o ouvir.

O orador não reviu.

O Sr. Augusto de Vasconcelos : — Sr.

Presidente: também fui daqueles que entendiam que se deviam esperar os elementos técnicos que nos faltem para poder discutir este projecto, contrariando assim a opinião do meu prezado amigo Sr. Herculano Galhardo, que disse que o que valia a pena discutir era as questões importantes como esta.

. Mas, Sr. Presidente, rios ainda há pouco votámos aqui o caso das estradas, auto-ríxando o Governo a fazer um empréstimo coin esse fim, projecto esse que se esvaiu em fumo porque as estradas continuam na mesma.

Não suceda o mesmo com a ponte.

Vamos votar a ponte, e não há ponte porque é inexequível.