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Diário das Sessões do Senado

Eu estive lá e tive ocasião de ver, e isso mesmo disse ao Sr. Ministro do Comércio de eitão, que perigava 3xtracrdi-nàriaruent? a vida de quem passava pela ponte.

Tinham-na" até reparado coni pedaços de madeira, a fim de por ela se poder passar, tanto mais que Odemira não tom senão aquela ponte de comunicação o a estrada que conduz ao caminho de ferro.

Tem havido um descuido absoluto com aquela região»

Mas, Sr» Presidente, quando eu estava muito descansado sobre este assunto, vejo nos jornais que ia ser feita a distribuição da verba de 1:600.000$, para as diversas rep£rações.

Dirigi-me ao Sr. Ministro do Comércio, e S. Ex.a teve a amabilidade de rie fornecer a nota da distribuição dessa verba.

650.0CO£ para a ponte . de Mosteiro; para a ponte de Entre-Kios 25.000$; a da Figueira da Foz foi dotada anteriormente, e para a de Odemira 9.000$.

Pensava que isto fosse só para os primeiros trabalhos, mas de Odemira mandaram-me um ofício que me esclarece.

Ora, Sr. Presidente, não podia eu deixar passar insis tempo sem falar sobre este assunto; primeiro, para pregunt&r ao Sr. Ministro do Comércio se fez; a distribuição a que me refiro, de harmonia com a opinião das repartições respectivas ; segando, se é verdade, como não pode deixar de ser, que o Sr. Ministro do Comércio de então dotou aquela poi> te com 80.0006" ^como .ó que V. 3x.a toma em menos consideração os £,ctos do seu antecessor?

,;0u poderá V. Ex.a provar que cem 9.000$ se pode efectuar a reparação daquela ponte?

Visto isto, Sr. Presidente, não querendo along£r-me em mais considerações, tomo a liberdade de enviar para t, Mesa o seguinte requerimento:

Requeiro pelo Ministério do Comércio :

1.° Se faça rápida e urgentemente um estudo consciencioso, por técnicos especializados, das condições de' resistência o estado actual da ponte de Odemira;

2.° Que, sob pena de total perda, sejam quanto antes iniciadas e levadas a efeito as . obras de reparação da mesma ponte.

Lisboa, 18 de Novembro de 1924. — Afonso de Lemos.

Espero que V. Ex.a atenderá este requerimento para evitar que amanhã haja ali qualquer desastre, do qual V. Ex.a é o único responsável, depois das considerações qu3 acabo de fazer.

Tenho dito. . (

O orador não reviu.

O Sr. SCinistro do Comércio e Comunicações (Pires Monteiro): — Sr. Presidente: ouvi com ioda a atenção as considerações que foram apresentadas pelo Sr» Afonso de Lemos acerca da ponte de Odemira.

Não íerho elementos que me permitam responder precisamente a S. Ex.a acerca do requerimento que foi enviado para a Mesa.

Estou convencido de qae a repartição respectiva, a administração geral das estradas e turismo, não teria proposto a dotação de qualquer verba para a ponte de Odemira se não tivesse feito o estudo consciencioso das condições de resistência e estado actual da ponte»

Pelo que diz respeito ao início dos trabalhos, creio que esse início se poderá efectuar com estes 9 contos de entrada.

Não posso afirmar que assim seja, mas se V. Ex.a somar as verbas constantes da nota que lhe forneci, V, Ex.a verificará que essa soma não atinge 1:600 contos.

O Parlamento só permitiu que o Governo dispensasse 5 duodécimos; pode ser portanto que esses 9 contos não representem a anuidade destinada à ponte de Odemira, e que outra verba possa ser destinada ao mesmo fim.

Quanto à ponte de Mosteiro, devo dizer oue nLo conheço precisamente o assunto.

Lembro-me, todavia, que no concurso aberto se não apresentaram arrematantes na altura própria.

Um?, casa que apareceu -desistiu logo que teve conhecimento de que s-ó se lhe pagava depois das obras feitas.