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Sessão de 18 de Novembro de 1924

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para expor a V. Ex.as o que penso acerba da possibilidade que existe na realização deste projecto, quere dizer, na praticabilidade que tem a aprovação deste projecto por uma das Câmaras do Congresso da República.

Discute-se no Senado a vantagem que haverá em ligar as duas margens do Tejo; -e um dos mais ilustres Senadores, o Sr. Robsrto Baptista, mandou para a Mesa uma proposta de substituição.

Ora, eu creio que não é necessário o Governo mandar proceder a estudos porquanto eles já se realizaram.

Tenho na minha mão um trabalho publicado em 1879 que traz o projecto da ponte sobre o Tejo, devido ao grande •engenheiro Miguel Correia Pais.

Aí se acentua a <_ a='a' de='de' os='os' e='e' margens='margens' efectivação='efectivação' duas='duas' necessários='necessários' p='p' se='se' as='as' deste='deste' vantagem='vantagem' para='para' estudos='estudos' plano.='plano.' ligar='ligar' realizam='realizam'>

Eu julgo que a questão em debate não diz propriamente respeito à proposta apresentada pelo Sr. Eoberto Baptista.

A ligação das duas margens pode ser feita por intermédio duma ponte ou dum _fei*ry-boat.

Se a ligação se fizer por meio duma ponte, a testa das linhas dos caminhos de ferro do Sul e Sueste será em Montijo. Se for por meio dum ferry-boat será em •Cacilhas.

O Sr. Afonso de Lemos queria saber qual era a opinião da comissão.

A comissão ainda não entregou o resultado dos seus trabalhos. Conferenciei «com o seu Presidente, Sr. Plínio Silva, -actual director dos Caminhos de Ferro do Sul e Sueste, e S. Ex.a expôs-me a orientação que tem seguido nos referidos trabalhos.

Julgo que a ligação das duas margens do Tejo por meio duma ponte, que fique .a jazante do ponto que se pensa escolher, ó absolutamente prejudicial, não só sob o ponto de vista de defesa do País, como até sob o ponto de vista da economia nacional.

Sei que está entregue à Câmara dos Deputados um projecto de lei autorizando •o Governo'a fazer uma concessão nesse sentido; mas entendo que, sob o ponto 'de vista da defesa nacional, é absolutamente inadmissível que se construa qualquer ponte que fique a jusante do chamado «mar da palha».

K necessário que o estuário do Tejo não seja embaraçado.

Mas ainda sob o ponto de vista técnico creio que, a jusante do porto de Montijo, se dá a confluência de 4 correntes importantes que prejudicam considerávelmente a construção daquela ponte.

O Sr. Afonso de Lemos: —

O Orador: — Nunca lá fui mas conheço a forma da sua construção.

O facto de se pretender a ligação das duas margens do Tejo, a montante do «mar da palha», ainda tem uma vantagem, sob o ponto de vista económico, que é o de descongestionar a cidade de Lisboa, evitando que as mercadorias venham afluir ao coração da cidade, e que grande número de turistas e viajantes possa desembarcar em Xabregas e daí seguir para o norte ou transportar-se ao centro da cidade de Lisboa.

Sei que se pensa em ligar a estação do Barreiro com Cacilhas. Os pilares para a ponte encontram-se já perfeitamente assentes, mas há grande dificuldade na conservação desses pilares. Ainda se tem de conquistar muitos metros quadrados de terreno ao Tejo para a construção da ponte.

Os técnicos são de opinião que a estação central de Cacilhas não pode ter a extensão precisa para nela caber o grande tráfego da margem sul do Tejo e dar vazão ao mesmo.

•Conseqúentemente, não.me parece que o Parlamento faça um trabalho inútil discutindo a ponte do Mo=ntijo a Xabre-

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