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Diário das Sessões do Senado

nome individual, porque* nunca arvor-íi bandeira- pessoais — estão ou não centro da declaração ministerial que apresentei ao Parlamento.

Esqueci as minhas ideas?

£ Fiz uxa completa negação do meu. passado? Sr. Presidente: por várias forirgs se tentou demonstrar que eu era um homem qus tinha mudado de opinião. O íSr. D. Tomás de Vilhena principiou 2^ suas considerações por preguntar o quo é feito do cravo vermelho que usava o ^residente do Tvlinistério e porqut é q-io ele veio aqui LO Senado de fraque e já. não usa o jaquetão da propaganda.

Simplesmente devo dizer a V, EX," que o cravo vermelho desfolhei-o tá quí si um ano sobre o túmulo de uma pessoa í ue-rida e ainda não houve tempo de o substituir, porque eu gosto do cravo, c:tibora alguém cem ele embirre... e o fraque que hoje uso é ainda o mês rio cora que entrei pele primeira vez nesta Cámrrr..

Ainda .'ao encontrei possibilir];i:le de comprar outro. -.

O Sr. D. Tomás de Vilhena (in-'-rn-om-pendo): — Está muito bem, ass'-ir é cue eu gosto.

Este paletot já tem seis ares.

O Oraio:.". — Não trago o C.MVG. inrçuc ainda n." o tive alegria para o i:.jdor ^.-azor.

Mas o ::raque do Govêrnj 6 o r^Tro fraque da oposição; e as ideas tamKr-%

,;Na verdade, tenho aqui z? dac^Tçto ministerial algumas palavras que sig-iiii-quem n negação daquilo qi.c afirmo1 na propaganda?

Esta declaração ministerial teir 3:flc objecto dos mais variados eoTrieníár~'>pr

Julgam-na uns poesia, mas poesia ivsm feita; ç até o ilustre Senador, Sr. Qr-Tni-bim Gr/ri-rães, não me julg?r.do cem íe> tio pare Tioeta, atribuiu est.1 dsd;:r?,cãc ministerial à pena ilustre do rieu qio.*"co colabor-r/lcr, o Sr. João de Barroe.

É n« verdade uma confi:s£o cj:e inc desvanece; não tendo geito pTa pceta, a declaração ó, de princípio a fim. inteiramente miniia.

O Sr. João de Barros ouviu-a ler, aprovou-a, na-: não a redigiu.

Isto rodela que eu tenho, pelo menos, uma qualidade, a de saber redigir os meus pensamentos.

Sr. Presidente: £ por que ó cue se afirma que esta declaração não é a concretização dos meus pensamentos?

É porque grande parte das pessoas em Portugal, que não se dedicam" demasiadamente a este estudo de política, supõem qua a política é a combinação eleitoral; não se í'az a mais pequena idea, não se faz uma idea exacta do que seja esquer-dismo.

Quási toda a gente quere supor que es-querdismo significa truculência.

E não querem até ver que esquerdismo, significando uma aproximação com o povo, tem mais alto significado.

Tem orientação bem mais definida, e significa que os homens que se aproximam do povo o fazem, não para fazer descer os homens de grande cultura até os incultos, Tuas sim para elevar estes até aquele< que o não são.

Nós., homens qae prògamos uma democracia, queremos que essa democracia seja de homens cultos de acção.

E dentro do meu programa há problemas quo todos os portugueses, seja qual tor a sua posição, podem inteiramente aceita,:1,

Aimu1. agora o chefe conservador em Inglaterra, sucedendo a MacDonald, não ':eve dúvida em dizer que este tinha rea-li?a

Isto rignifica que lá fora, como cá den n:o, h.l problemas que são, não dos partidos, irias verdadeiros problemas nacionais.

E c meu esquerdismo significa que, sal-'jfiicLo ?or cima de todas as conveniências 7olítíc;'.s e partidárias, encarando bem de frente esses problemas nacionais, estamos dispores a resolvê-los, tendo em vista o a'to interesse da Nação.

Issc prova e demonstra a minba decla-ra^rc ministerial.

Há aqui, na verdade, problemas que -;odos os portugueses podem inteiramente r?C'3Í/;n,r.

Por exemplo, estou certo de que Dão haverá português nenhum que não deseje que o nosso Orçamento seja equilibrado.