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Sessão de 19 de Dezembro de 1924

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de falar nesta Câmara, depois que assumi a gerência da pasta do Comércio, felicito V. Ex.a pelo acto de justiça que o Senado praticou elevando-o mais uma vez a esse alto lugar.

Creio que V. Ex.;i saberá compreender bem a sinceridade tia minha homenagem, pois desde muito novo me habituei a íer pela pessoa de V. Ex.a, e pelas suas qua lidados o maior respeito e consideração.

Igualmente saúdo os membros do Senado que foram eleiíos para fazer parto da Mesa.

Sr. Presidente: cumpre-me agradecer a todos os lados da Câmara a maneira gentil como através da declaração ministerial se referiram à minha pessoa, e isto talvez por ser homónimo de vultos passados que mereceram a consideração de todos.

Não obstan.te o meu espírito combativo e lutador, e não obstante a sinceridade própria da minha idade, devido à forma como tenho tratado todas as questões, me foi prestada a justiça de se reconhecer que todos os meus actos são guiados por boas intenções, recebendo, por isso provas de estima e consideração de todos os lados da Câmara, por ocasião da apresentação do Governo.

Sr. Presidente: não vim ocupar este lugar com motivos ambiciosos; creio que várias vezes se lembraram da minha pessoa. Vim para este lugra com a certeza de que seria capaz de ser ú til.ao País e que, conhecendo os assuntos da minha pasta, seria capaz de procurar solucionar, ou pôr em equação os problemas que exigem uma solução imediata.

Nestas condições, estou certo que, dia a dia, saberei conquistar ainda melhor as simpatias de toda a Câmara,.e tornar-mo credor da estima e consideração, que me foi concedida quando o Ministério se apresentou.

Acho justificadas "as considerações e protestos apresentados por todos os lados da Câmara. Com efeito é de lamentar que uma proposta desta importância seja apresentada ao Senado numas condições tais, que não é possível fazer-se a discussão que era necessária; lamento este facto, tanto mais, quanto é certo que, na parte que se refere à pasta do Comércio desejava mostrar a V. Ex.as que o que consta na proposta de duodécimos era justificável.

Como S. Sx.as foram os primeiros a reconhecer que não houve culpa do Governo-em nào íer apresentado, a tempo e horas, esta proposta ao Sanado, que foi em virtude -.1 e condições especiais que se deram, creio que feitas por inim estas on-siderações e reconhecidas as considerações de todos oã lados da Câmara, e, aindii tendo reconhecido, com generosidade e justicií, que não podia s,or atribuída a culpa ao Governo de s r r^ora ser aore-sentada a proposta dos duodécimos, creio bera que,-em vista da impossibilidade de se poder fazer uma discussão larga sobre esta pró pó:-i a, não terão V. Ex.as dúvida em dar ac Governo os meios necessários para que Gle. poa^.i d^sempeuhar-se-da sua função como -leve.

Pôxto à vutaçào nu generalidade, é aprovado.

P'!Sf>cindo-8e à. especialidade, *ào aprovados, sucessivamente & sem discussão, os diversos artigos.

O Sr. Costa Júnior (p-f rã um requerimento):—Roqueiro que V. Sx,a consulte o Se.nado sobre se diòponsa a leitura da última rodacçàu.

Fo i disp en sada.

O Sr. Q;.-.nrub'.3jffl S-uimarãss (para irder-rofjar a jií»sa): —Está votada unia proposta que indevidamente se chama de duodécimos,, pois que, além disse, é também para autorizar diversos créditos extraordinários, que sobem a uma importância aproximadamente de 30:000 contos, "o que serro bem para demonstrar a mentira.dos deficits orçamentais.

Mas a chamada proposta dos duodécimos f-stava na discussão da Câmjrp. dos Deputados, mais ou menos dependente dessa- outra proposta de muita importância, a relativa à selagem de bebidas engarrafadas e perfumarias.

Julgava eu que, ne^ta Câmara, se seguiria a mesma orientação e que assim iniciar-se ia a discussão da prcpost? da selagem logo a seguir h dos duodécimos.