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. Diário das Sessões d& Senáão

pelo Ministério da Guerra, sejam cedidas mais algumas- dependências de castelo de S. João Baptista para que-se possa instalar competentemente esse posto de telegrafia sem fios.

Creio que no .Ministério da Guerra não põem dificuldades a. que na parte já reservada a esse- posto se façam umas novas edificações, mas a verdade ó que-se o Ministério da Marinha está lutando cotn dificuldades para a simples instalação do posto, maiores dificuldades' e urgir Io se ele tiver de fazer novas, edificados, ':anto mais que essas edificações não ficarão pertencendo ao" Ministério•• da .Marinha, .•mas sim ao da Guerra.

Creio que nesse castelo habitam rlg-i-mas pessoas.. - ' •

'Não pretendo Sr. Presidente de maneira .alguma cri:.r diúeuldades à, vida dessas pessoas que ali habitam,:más oqiie en muito desejaria é que se pudessem conciliar os interesses dessas pessoas,'com os interesses gerais, visto que' a instalação do -posto de telegrafia s.em fios no Funchal não é ema cousa que vá favorecer ninguém especialmente, mas sirn a colectividade, pois actualmente não .se admite que •haja portos, como por exemplo o Funchal, qne sejam considerados mudos.

• Hoje todos os portos bastante frequentados têm -postos de; telegrafia sem Sós -com a altura -suficiente para poder receber as comunicações dos navios que desejam, ao demandarem esses por'os, que neles liajíL todas, as facilidades para embarque e desembarque de passageiros, e abastecimentos.'

Chamo para este íacto a atenção do Sr. Ministro da Guerra, .esperando qae -S.. Ex.a, patriota como é, dai*á todas as facilidades para: a conveniente instalação do posto de telegrafia sem:.fios. ,

O Sr, Ministro da Giierra (Helder Bi-beiro): — Ouvi. com. atenção estas considerações. É de todo o ponto justo não deixar o porto do Funchal,nessa situação.

- Mas o Ministério da. Guerra já quando •sé ~tratou da cedência manifestou a saa toa vontade.7-"-' •. .

O contrato definitivo-foi até aprovado ein 17 de Janeiro, e já nessa altura, em que -os .delegados do Ministério da.Marinha e da Guerra estudaram o assunto, eles viram que as condições d& alojamento não

eram suficientes e. foi pedido ao Ministério da Guerra, o consentimento para sobre um terraço de três casernas se edificar uma construção destinada ao pessoal, cá-sado> desses .postos. • . . .; ,

Não me par.ece isso bastante. *-.'.

Não terei dúvidas em ver se é possível que o Ministério da Guerra vá mais além nas suas concessões, mas é preciso que o Ministério da Marinha me .habilite, com as informações necessárias. •

O orador não reviu. • '• ; , • • .

• O Sr. Broeópio de Freitas:.—Agradeço as explicações dadas pelo Sr. Ministro da Guerra. .,,.-••• • ,t;- •

Disse S. Ex.a que até. agora ainda não havia chega.do^às/suas mãos nenhum pedido do Ministério da Marinha no sentido a que me referi. •--...-

]i íUma consequência de estar, à frente da' pasta da .Marinha -pessoa que exerce essas funções interinamente,- e que se limita unicamente,-a assinar os documentos de cruz, dizendo que o mais importante âca para quem lhe suceder, e se não íôra assim já o,Sr. Ministro dá Guerra teria os documentos essenciais para resolver o assunto. -..-._ . . ; .. .

Ainda há pouco tempo, como V. -Ex.a se deve recordar, frisei nesta Câmara o inconveniente de continuar - na pasta da Marinha o Sr. José I)omingues..dos Santos, e .S.. Ex.a-em'resposta disse, mais uma vez, que brevemente ia ser ocupada aquela pasta.

.Mas a verdade é que, quando tomou conta da pasta da Marinha, S. Ex.a disse, segundo me consta, que era só-por-horas; mas às horas sucederam;se.os dias, depois os meses e S. Ex.a ainda hoje continua gerindo; interinamente aquela pasta.

E, naturalmente, já não. a proverá definitivamente, visto .o-Governo ter poucos dias.de vida, e é certamente por isso que S. Ex.a já s&:não'preocupa, com o provimento definitivo, da .pasta da Maninha.

Tenho dito.

O Sr. Vasco Marques:.— Sr. Presidente: tenho a convicção de que se entrou numa hora grave, porque o Governo perdeu a serenidade, deixando de administrar, deixando de governar, para entrar no caminho das violêucias. . • .