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Sessão de 4 de Março de 1925

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cabe, que a questão a tratar não depende dele, que apenas tem nesse ponto de obrigar ao cumprimento da lei, sendo sua1 obrigação manter aquela imparcialidade que é absolutamente necessária para prestígio das instituições.

Ao Sr. Vicente Ramos também agradeço as saúdavões que me quis dirigir em nome dos Senadores independentes. • A parte do seu discurso a que tenho de responder ó aquela que se refere ao: regime bancário.

Eu sigo nas suas linhas gerais a política financeira dó' anterior Governo; sigo também, portanto, essa reforma, mas nas suas modalidades técnicas farei modificações, que são necessárias.

No que se refere aos bancos regionais, devo dizer que, se nós consultarmos as estatísticas, vamos ver que há bancos com. o capital de 170 contos que têm 7:000 ou 8:000 contos de depósitos.

^Como ó que esse banco pode fazer transacções? ...

Ò Sr. Vicente Ramos: — As caixas económicas do meu distrito destinam os seus lucros à assistência e à instrução, e V. Ex.a é que lhe vai fechar as portas.

O Orador: — O assunto em breve ficará resolvido.

Quanto ao discurso do Sr. Joaquim Crisóstomo, S. Ex.a tocou tantos e tam variados assuntos, que seriam necessá rias longas horas para responder às suas considerações. . " •

Contudo, não quero deixar ;de dizer a . S.' Ex.a que lhe agradeço as palavras de amizade com que quis terminar as suas considerações, j9' só uma afirmação dever' corrigir. -••••.•

S. Ex.a parece que quis dizer que me deixei cegar pela ambição. Devo dizer que já teria tido outras ocasiões para ocupar ôste lugar, se o ambicionasse.

S. Ex.a acha que não era o: momento próprio para satisfazer as minhas vaida-des.' •'•"•'• -••-•- • .

Nas outras ocasiões é que eu achava que não era ò momento próprio; agora como se desenhavam perigos e sacrifícios^ aceitei.

Sr. Presidente: para terminar tenho que declarar ao Sr. José Pontes que S.r. Ex.a escusava de: apelar para mim para ò

auxiliar na cruzada de que S. Ex.a vem fazendo a propaganda.

Sabe S. Ex.a que me tem sempre encontrado ao seu lado, é agora no Governo me encontrara disposto a auxiliá-lo no que for compatível com os recursos do Tesouro.

.Quanto ao resto das suas palavras, S. Ex.a'pôs tanto calor, tanto entusiasmo no que disse, consequência ,da inalterável amizade e profunda estima que nos une há muitos anos, que eu não posso tomar as suas palavras senão'como uma prova dessa muita amizade e grande afeição.

Se tivesse essas qualidades que o meu querido amigo mó quis atribuir, seria eu um cidadão eminente, quando reconheço que sou apenas uma pessoa honesta e que se algum valimento tenho, é o do ser uma pessoa estudiosa," leal, que a simpatia, dos. meus correligionários tem feito elevar até a este lugar. .

Também agradeço ao Sr. Ferraz Chaves as suas palavras de saudação, e espero que S. Ex.a não se arrependerá, em virtude de actos do Governo, de as ter proferido.

Para terminar, direi que o principal objectivo do Governo, que é todo de paz, concórdia e tranqúiljdade, só poderá realizar-se desde quê sejamos auxiliados por todos, desde que todos sacrifiquem um pouco das suas paixões e se unam para trabalhar para o bem comum. ;

Quando assim, procedam sem abdicar de maneira nenhuma das suas convicções — porque há iim campo onde nos podemos todos encontrar—a obra do Governo será fácil e "da sua estada nas cadeiras do Poder alguma cousa de- profícuo e de grande resultará para o País: "Tenho;dito.' ". .- '

:Vóze$:—Muito bem.:;! ' "••'

" O 'orador não reviu.

O Sr. Lima Duque (para explicações):— Pedi: á palavra :pará explicações depois de ter"'lido,"'-agora'" inesínó, -o manifesto do Partido Nacionalista, publicado nos jornais.

Algumas asserções infiéis à verdade se contêm nesse documento, mas .uma, de entre elasy é absolutamente inexacta e necessita peremptória rectificação.