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Sessão de 4 de Março de 1920

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glaterra depois da experiência trabalhista, voltou à sua tradição.

Parece-me que nós não estamos muito afastados do progresso e parece-me que aqueles que querem • galopar de mais é. que andam para trás.

De resto o Sr. Vitorino G-uimarães manteve aquela opinião que eu considerava que não podia fazer a sua felicidade, que ó seguir em matéria financeira e económica as pegadas dos seus antecessores.

Sr. Presidente: não felicito o Sr. Vitorino Guimarães por querer seguir essa orientação. Eu que tenho muito em conta o tato do Sr. Vitorino Guimarães, que está muito convencido do seu desejo de acertar, tenho medo que ele não possa levar a cabo o seu intento, porque a sua missão ó difícil.

V. Ex.* não tem no Parlamento aquele grupo homogéneo que precisa um homem nestas ocasiões, para fazer uma obra profícua neste país.

S. Ex.a tem de viver num constante trabalho de equilíbrio, que o há-de con-

sumir a toda a hora. Se quiser ter um pouco de ponderação e se quiser tomar o caminho das direitas, levantam-se logo contra si os das esquerdas, e' se S. Ex.a se inclina para a esquerda, levantam-se logo os das direitas, e isso há-de tirar-lhe o tempo para tratar dos assuntos que interessam a Nação, há-de dificultar a sua acção e a sua vida política.

É por isso que me parece quê o Governo da presidência de S. Ex.a não terá muitos dias de vida.

Eu não me alegro muito com isso, porque pode vir um outro Governo muito pior do que este.

O orador não reviu.

É posta à votação a moção do Sr. Joaquim Crisóstomo, sendo aprovada por unanimidade.

O Sr. Presidente:—A próxima sessão é na sexta-feira, 6, à hora regimental e com a mesma ordem do dia.

Está encerrada a sessão.

Jbram 19 horas è 20 minutos.