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Diária dag Seêsões do Senado

provocou a scisão no Partido Nacionalista. Nada mais,falso.

.O .Sr. Álvaro de Castro, quando foi chamado a organizar Ministério pela primeira vez, ainda era nacionalista.

Apoiados.

Tendo, porém, como lhe cumpria, conferenciado sobre o assunto com o Directório desse Partido, entre S. Ex.a e o directório suscitaram-se divergências.

O Partido Nacionalista .não aceitava Ministério de concentração, e muito menos negociações com o Partido Democrático.

O Sr. Álvaro de Castro e muitos outros correligionários, assim como eu, tinham a opinião de que o momento político carecia de um Governo de cooperação de todos os partidos ou, não podendo ser, pela recusa de alguns agrupamentos partidários, devia organizar-se um Ministério de acordo com os democráticos, detentores das maiorias parlamentares.

A teimosia do directório nacionalista mantinha-se irreductível e por isso o Sr. Álvaro de Castro saiu com os seus amigos dessa agremiação.

Portanto, a scisão não se deu quando foi chamado ao Poder o Sr. Álvaro de Castro, da segunda vez; quando S. Ex.a organizou Ministério, ' fê-lo na qualidade de independente.

Apoiados.

Estes são os factos que nenhum sofisma pode deturpar.

Faço, portanto, a rectificação, além de outros motivos, porque a afirmação a que me refiro é tendenciosa e serve apenas para traduzir a insídia que o Sr. Presidente da República procedeu ,com menos imparcialidade., ... .

Tenho, individualmente, muita consideração pelos homens que .assinam o presente documento, mas, noto,,.cpm surpresa e mágoa, que não hesitassem em subscrever erros de tam fácil refutação e que só desprestigiam quem os apresenta eni documentos públicos, 4ue deviam primar pela sinceridade, pela lógica e pela -verdade. .-• *

Tenho dito. •• . , • ••• -.'-.•'..

Vozes :r~iy[nito:vbem, ntuíto bem.

O Sr,-D. Tomás de Vilhena (para expli-^i^rtSr.Presidente: sou absoluta-

mente intransigente com as minhas doutrinas, mas fui sempre de uma grande tolerância com os homens e tenho sempre mais prazer em. os julgar bons do que maus.

Quando me refiro a que este ou aquele • parlamentar foi monárquico ou deixou de o ser, registo apenas um facto verdadeiro e nada mais. .

Pelas circunstâncias qne se davam, fiz uma asserção apenas. Deste lado estavam. os veteranos da-República e eles entenderam que a situação era pouco respirável para eles; não se sentiam bem. E todavia, alguns deles arruinaram a sua fortuna com a política e depois de catorze anos de República não se sentiram bem nas suas cadeiras.

E ao mesmo tempo que isto acontecia, eu via dentro da actual situação homens que nem sempre haviam militado na .República. Não tenho, ó claro',, o direito de dizer que esses homens estejam de má fé a servir o país, pois cada um serve-o como entende.

Eu siírvo-o desta maneira e ninguém poderá dizer que não sou homem de bem, o mesmo sucedendo com os outros. A questão é clara.

E, já que estou no uso da palavra, devo dizer ao Sr. Vitorinp Guimarães, a quem gosto de ouvir pela sua maneira especial de falar, que sobre a preocupação de se dizer que nós, monárquicos, somos os retrógrados e que o radicalismo é o progresso, é que eu tenho dúvidas e dúvidas extraordinárias. Assim, vemos, por exemplo, que a Itália, com Mussolini, tem seguido por um caminho bastante afastado daqueles sãos e imortais princípios que geralmente costumamos chamar o progresso.

A Espanha segue mais ou menos o mesmo caminho....

O Sr. Pereira Osório;,:—E então «aquilo» lá vai bem... -

Vozes: — E o que se vê em Espanha...

O Orador: —V, Ex.as estão. enganados a respeito da Espanha; hão-de ver, Ijãp--de ver.