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Sessão de 27 de Março de 1926

var que também sabe o que deve responder.

Mas, exactamente devido à importância

quo o assunto tern ó que me parece que

, uSo haverá hoje tempo para se tratar dele,

visto quo temos apenas pouco mais de

meia hora de sessão.

No emtanto, se o Sr. Eiboiro de Melo entendo quo podo lazer as suas- considerações neste pequeno espaço de tempo, eu darei o meu voto para que seja versado hoje.

O Sr. Ribeiro de Melo (para explicações}:— Não queria aludir à minha situação só ela não tivesse sido aqui invocada, se porventura não soubesse as res-ponsabilidades quo impendem sobre mim, em vista da minha situação consular, teria feito uma -nota de interpelação para tratar do assunto.

Unicamente para descansar a maioria desta Câmara, devo declarar que o meu negócio urgente incidia sobre a acção do Alto' Comissário em Moçambique, o Sr. Vitor Hugo de Azevedo Coutinho, que tam levianamente tem sido acusado de, com a sua acção, causar manifestos prejuízos as relações políticas e económicas da província com a União Sul Africana.

Descanse pois a maioria, que não quero fazer disto uma questão política.

Em questões desta natureza não faço política, o hoje menos do que nunca, pois tenciono dar o meti auxílio e colaboração ao actual Governo, como aqui o declarei na presença do Sr. .Vitorino Guimarães.

O fim que tenho com o meu negócio urgente ó defender um correligionário de S. Ex.^s

Entendi que o assunto, dada a sua delicadeza, e principalmente neste momento em que o Alto Comissário está tratando ' de reatar as relações com a África do Sul não devia ser tratado numa interpelação, tanto mais quo só tratava de vagas informações que. queria prestar.

V. Ex.;;s não desejam que este negócio urgente seja hoje tratado, e que o assunto seja versado em interpelação noutra .sessão? Fá-lo hei.

Resta-me agradecer ao Sr. Ministro das Colónias a consideração que teve para comigo, deixando ao meu critério o expor ou não o assunto, e que fosse eu o juiz da causa.

Nestes termos, retiro o meu requerimento.

O orador não reviu.

Consultada a Câmara foi autorizado o Sr. Ribeiro de Melo a retirar o requerimento.

O Sr. «Ministro da Instrução Pública

(Xavier da Silva): — Tomei nota das considerações que o Sr. Ribeiro de Melo há pouco formulou acerca da professora Catarina da Fonseca.

O caso passou-se em Dezembro, e portanto ainda eu não era Ministro. Tomei conta da minha pasta muito depois.

. Ignoro o que consta do processo respeitante a essa professora; mas vou informar-me e direi a S. Ex.a o que apurar acerca-do assunto.

Pode S. Ex.a ficar convencido de que a essa professora, como aliás a todas, há--de ser feita inteira justiça. Há, porém, um ponto que considero grave.

Disse S. Ex.a que uma parto da perseguição, que entende ser feita a essa professora, é devida ao facto de ela não ter querido vender a sua permuta. , Ora isto para níirn, Ministro da Instrução, ó muito grave, o peço a S. Ex.a, já que veio trazer h Câmara este assunto, a fineza do dizer categoricamente quais as pessoas entre quem se fizeram as ne-.gociações,- porque ao Ministro da Instrução compete punir rigorosamente aqueles indivíduos, que se servem dos seus cargos para fazer negócios de qualquer espécie que sejam.

A S. Ex.a que tanto se ufana de ser republicano...

O Sr. Ribeiro de Melo (interrompendo] :—E com justa razão.

O Orador:—Como eu me ufano também. Repito: peço a fineza de dizer positivamente, de modo a poder fazer-se oficialmente o inquérito, qual é o negócio enta-bolado em permutas, ou de qualquer outra natureza ou ainda respeitante à pasta gerida por mim.