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"Sessão ch 21 ~âe Abril de 1025.

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Não pode portanto Gste lado da Câmara deixar do aplaudir a acção pronta o enérgica do Governo e a acção altamente edificante' do Sr. Presidente da República, que não só retirou do seu .posto, não perdendo o contacto com os episódios da luta e com os seus Ministros, e até ultimamente, como gesto simpático, íoi visitar os íeridos, quer das tropas fiéis, quer das revoltosas.

Apoiados. .

•Com estes actos, a figura moral de S. Ex.a elevou-se mais, se é possível, no conceito da Nação.

Apoiados.

E por tais motivos a Acção Republicana do Senado de bom 'grado se associa aos votos propostos pelo Sr. CatanJio dó Meneses.

O Sr. Frocópio de Freitas:—Não quero deixar de manifestar o meu grande regozijo pela vitória das forças fiéis ''à Constituição contra aqueles que deram origem a que a cidade do Lisboa estivesse por vezes debaixo do uma intensa chuva de metralha.

Associo-mo muito sinceramente ao A*oto do saudação proposto pelo Sr. Caíanho do .Meneses às forças que actuaram contra os revoltosos, ao povo português e ao Sr. Presidente da República.

É preciso, Sr. Presidente, que isto sirva do lição para o futuro e que não se continue a reincidir cm erros que dão origem a factos tam lamentáveis como aqueles a que acabamos de assistir.

Tive agora ocasião de ver o estado em que se encontrava a nossa marinha, quasi completamentc desarmada e sem meios de poder agir.

É preciso que acabe também esta situação c quo não se continue a manter os nossos navios num desarmamento quási completo, e que tanto dificultou a organização do uma pequena' força que íoi bater 01 revoltosos.

E preciso quo cie uma vez para sempre -se entre numa política verdadeiramente republicana e democrática quo se imponha ao país, a fim de se acabar com os movimentos revolucionários.

Apoiados.

Estou convencido de que, se se tivessem seguido esses sãos princípios desde que se implantou a República cm Portugal, o ré-'

gíme não teria mesmo necessidade tle se defender à mão armada, porque a força moral é superior a todas as forças.

Mas o que é verdade é que nem sempre se têm conduzido os negócios da República de modo a impor-se o regime à consideração do todos.

Quando foi essa desgraçada situação do Monsanto eu supunha que isso seria uma grande lição e que para o futuro se entraria em caminho novo.

Infelizmente não sucedeu assim e tem-se continuado a reincidir nos mesmos erros. O resultado foi ôsto lastimável acontecimento e outros que se deram anteriormente.

E por isso que eu faço sinceros votoâ para que do futuro se entre num caminho verdadeiramente republicano, num caminho verdadeiramente democrático ' e de verdadeira moralidade para que a República de uma vez para sempre fique absolutamente consolidada no fmimo de todos os portugueses.

•E preciso também que se faça justiça acerca dos acontecimentos que se deram, ultimamente, mas verdadeira justiça qud não haja o mais ligeiro facciosismo. e quê se tenha única e simplesmente em vista punir .apenas aqueles que na realidade delinqúiram.

Tenciono fazer mais algumas considerações a este respeito, mas como espero também que o Governo venha a esta Câmara dizer alguma cousa acerca dos acon* tecimeutos, reservo-me para essa ocasião.

O Sr. B. Tomás de Vilhena: — As minhas primeiras palavras são do sentimento, muito profundo, por tanta gente quê foi vítima deste -lamentável combate. Uns por simples fatalidade, não tendo contribuído de forma alguma para o que se pas-sou^pcrdoram a vida; outros, de parte a parto, porque procuraram defender as suas convicções.

Lamento muito esses tristes acontecimentos, como lamento sempre as lutas civis.

Nada há mais deplorável na vida do um povo do que irmãos terem do' tomar armas para defender as suas ideas.

Aqueles mesmos quo cantam vitória sentem-se acabrunhados com ela.