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tieasão de 23, 24 e 26 de Abril de 1925_

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garantias e outra referente somente ao regime dos fósforos.

Posto à votação o requerimento do Sr. Joaquim Crisóstomo, foi rejeitado.

É seguidamente aprovado o requerimento do Sr. Silva Barreto.

O Sr. Mendes dos Reis:—Poucas são' as palavras que vou proferir, e muito rapidamente o farei, porque a Câmara tem de se ocupar de outros assuntos importantes que prendem a sua atenção e que não são menos úteis para o País; mesmo porque já muito se tem dito sobre este incidente e o relato feito pelo Sr. Presidente do Ministério, embora pormenorizado, não nos proporcionou dados para nos alongarmos em muitas considerações.

Em nome do Grupo de Acção Republi-cana, começo por endereçar as minhas felicitações ao Governo pela forma rápida e enérgica como jugulou este movimento e pelas medidas acertadas que tomou, porque, sem violências, sem derramamento escusado de sangue e sem graves prejuízos da cidade, conseguiu manter a ordem pública.

Felicito principalmente aqueles membros do Governo que, pela sua situação •especial, tiveram de dar ordens terminantes para que o movimento fosse dominado.

E tenho que salientar neste momento que quando há alguém que dê ordons, quando há alguém que assuma a responsabilidade do que manda fazer, quem está debaixo obedece.

É bom que isto se saiba, porque muitos movimentos anteriores têm provado à evidência que as forças militares não obedecem quando não se sabe mandar.

Também não quero deixar de Micitar o Governo pela medida acertada que tomou de não fornecer armas aos elementos,civis.

É certo que o Sr. Presidente do Ministério devia ter sido muito assediado pelos •elementos civis para se armarem. Porém "S. Ex.a, prevendo as consequências possí-vois e funestas, porventura, que quási sempre resultam de armamento fornecido à classe civil, procurou evitar que esses actos se dessem.

Igualmente me congratulo pela acção brilhante que teve nesta conjuntura o Sr. Presidente da República.

.Resistindo ao ultimatum que lhe foi feito, mantendo-se dentro da Constituição, dou a todos nós um exemplo que deve ser seguido.

De igual modo tenho umas referências especiais para o Sr. general comandante da l.a divisão, Adriano de Sá.

Já na Câmara dos Deputados o Sr. Álvaro de Castro fez um aditamento à mo-ç;lo apresentada para que os louvores se estendessem a S. Ex.a

Vejo com prazer que na moção do Sr. Catanho de Meneses se faz referências especiais a S. Ex.a

Ele bem as merece.

Para os vencidos não tenho palavras do ódio.

Sou por temperamento absolutamente contrário a revoluções.

Até hoje nunca entrei em revoluções. Tenho entrado, sim, em contra-revolu-çõcs.

E preciso que o Governo averigúe a responsabilidade daqueles que entraram nesse movimento, a fim de que se castigue quem delinqúiu.

Como militar que sou, não compreendo as revoluções senão quando se trata de mudança de regime ou quando haja violências extraordinárias do Poder.

Declaro que votarei essa proposta de lei nas condições em que a votou a Câmara dos Deputados, e votarei também a moção- do leader do Partido Democrático.

Disse.

O Sr. Procópio de Freitas:—Veio hoje a esta Câmara o Sr. Presidente do Ministério dizer como se tinham passado os acontecimentos que tiveram início na manhã de 18 do corrente, que deram origem a que a. cidade estivesse por vezes debaixo de intenso fogo de artilharia.

Do bombardeio foram vitimas algumas pessoas que nada tinliam com esses acontecimentos.

Já nesta Câmara tive ocasião de patentear a minha satisfação pelo triunfo das forças que estavam ao lado da Constituição. Se é verdade, como é, que esse triunfo foi obtido pelas forças de terra e mar, é verdade também que muito concorreu para esse triunfo a alma popular, que desde o início da revolta se mostrou em favor da liberdade.