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ítiário das Sessões do Senado

pensamento, desejará naturalmente colher os elementos necessários para justificar a saída de uma nova divisão naval para o exercício de funções que á Nação e a República reputam altamente importantes. Tenho dito.

O Sr. Carlos Costa : — Agradeço ao Sr. Ministro da Marinha as suas explicações, e devo declarar que de forma alguma pus em dúvida que S. Ex.a tivesse dado despacho imediato ao ineu pedido; reclamei só contra a falta de remessa, pela repartição competente, dessa nota, que me consta já estar feita, mas que até hoje ainda aqui não chegou. *

O Sr. Ministro da Marinha (Pereira

O Sr. Carlos Costa:—Devo ainda informar o Sr. Ministro que a rcinha nota é muito simples e que a resposta pode ser dada em 3 ou 4 números, mais nada; não deve demorar mais de l hora a fazer, não são necessários cerca de dois meses, tanto é o tempo que medeia en';re o meu pedido e a data em que estamos.

O Sr. Ribeiro de Melo:—Chamo a atenção do Sr. Ministro do Comércio para o seguinte:

S. Ex.a sabe que pela sua pasta corre um assunto que tem empolgado uma grande parte da opinião pública e sobretudo da população burocrática. Um funcionário da exploração do porto «de Lisboa, bem como outros, foram sindicados.

Dessa sindicância resultou o afastamento dos seus lugares, foram até punidos.

Um deles, Gregório José da Cunha, tesoureiro da repartição de fiscalização dessa administração, foi mandado reintegrar no seu antigo posto, pagando-se-lhe todos os seus vencimentos atrasados.

O Ministro António da Fonseca ordenou a posse. O Sr. Nuno Simões, idern. O Sr. Pires Monteiro por despacho de 7 de Fevereiro do corrente ano mandou-o

reintegrar e deu-lhe imediatamente posse no Ministério.

As consultas da Procuradoria Geral da República são todas favoráveis a Gregório José da Cunha, e V. Ex.a mesmo tem querido resolver este delicado problema, e tenho a certeza de que se o não fez foi porcue complicações de ordem burocrática o têm impedido.

Confiado que o Sr. Ministro do Comércio está no seu lugar para fazer respeitar a lei, tenho a certeza de que S. Ex.a, na primeira oportunidade, restabelecerá todos os direitos deste cidadão, e dará por terminada toda esta questão que se tem levantado em volta do caso.

Espero de S. Ex.a uma resposta, que tenho a certeza que será favorável ao meu pedido.

Quero ainda preguntar ao Sr. Ministro do Comércio se já pode dizer à Câmara e particularmente à minha pessoa quais os resultados que tiveram as démarches por S. Ex.~ feitas em virtude de um pedido que eu aqui tinha exposto, referente à maneira como se está fazendo o desembarque dos passageiros no porto de Lisboa, e sobretudo quais as razões por que não atracam os navios de passageiros ao cais do porto do Lisboa.

iNuma das sessões de Abril, S. Ex.a prometeu tomar providências para que a Administração do Porto combinasse com as agências a melhor maneira de se fazer essa atracação, mas continua tudo na mesma: os navios ficam ao largo com graves inconvenientes para o comércio local e sobretudo para os passageiros.

É um estado de cousas que não deve manterrse.

Um vapor houve que teve de fazer um carregamento importante no porto da Baía.

Como os direitos eram elevados, a rés-' pectiva alfândega mandou dizer que, ré não atracasse, o navio não podia renovar a carga e o navio foi obrigado, em virtude de a carga ser boa, a atracar.

Assim, quási todos os passageiros desembarcaram, e os jornais referiram-se ao facto, dizendo que eles tinham deixado para cima de 300 Contos brasileiros.